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Matheus Leitão Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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 O novo risco de Bolsonaro com os caminhoneiros

Presidente oferece ajuda a caminhoneiros, mas greve ainda pode acontecer e... ele fica no fio da navalha

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 out 2021, 11h18
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  • A decisão de anunciar que vai ajudar financeiramente milhares de caminhoneiros autônomos abre um novo risco para o presidente Jair Bolsonaro. O principal temor, agora, é de uma nova greve. O presidente anunciou o benefício, mas não sabe de onde tirar o dinheiro para bancar o auxílio. Isso parece um detalhe, a essa altura dos acontecimentos em torno do teto de gastos.

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    Líderes dos caminhoneiros já afirmaram que R$ 400 não são suficientes e não ajudam em nada. Já que Bolsonaro disse que vai dar dinheiro, logicamente os caminhoneiros vão querer mais. O diesel continua subindo. Cada vez que subir, eles podem pedir um novo auxílio.

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    Além da greve, outro perigo é o governo abrir uma frente de gastos enorme para subsidiar o diesel do transportador autônomo. Por mais que a ajuda pareça justa por um lado, por outro lado é um subsídio a combustível fóssil em meio a uma crise econômica e, pior, climática.

    Faltam dias para a reunião do clima em Glasgow na Escócia, quando os países terão que dizer o que estão fazendo para reduzir as emissões de carbono.

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    Outro ponto crítico é a categoria não aceitar o valor anunciado e decidir pressionar por um benefício maior. Se isso acontecer, a greve fica mais próxima de acontecer. E o governo fica constantemente sob a chantagem dos transportadores.

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    Greve de caminhoneiros é uma das coisas mais perturbadoras para a economia e para a política, pois gera inflação, desabastecimento e envolve vários outros problemas.

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    Ao contrário do que Bolsonaro disse, o mercado não está “nervosinho”. O mercado ganha tanto na alta quanto na queda, depende de como os agentes estão posicionados. Quem realmente vai ficar – se é que já não está – nervoso é o próprio presidente. Esta sexta-feira, 22, deve ser mais um dia de queda para os mercados.

    Sob o risco de greve, o presidente sempre acha que pode apenas conversar com os caminhoneiros para resolver a situação. Bolsonaro tem essa impressão porque teve apoio da categoria na sua eleição. Acontece que o apoio foi dado em troca de benefícios e a alta dos combustíveis atrapalha essa relação.

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    Toda essa situação adiciona mais pressão sobre o presidente, sobre a inflação e sobre a economia. Se a greve se confirmar, Bolsonaro vai ficar andando no fio da navalha ao enfrentar uma situação muito ruim e pode ficar, como dito aqui, refém dos caminhoneiros querendo sempre mais.

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