A reoneração da gasolina em R$ 0,47 – e do etanol em R$ 0,02 – resolve o problema imediato do governo Lula, mas pode gerar algumas dificuldades.
Para não aumentar tanto o preço do combustível na bomba, a volta do imposto foi menor do que o esperado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu vitorioso politicamente – como a coluna mostrou –, mas pode enfrentar outras questões.
E eu posso explicar. Antes, é preciso fazer um parêntese.
(A volta dos impostos era necessária porque as alíquotas foram zeradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, derrubando os preços nas bombas às vésperas da eleição. A medida eleitoreira quase deu certo.)
Agora, para conseguir arrecadar os R$ 28 bilhões que a gasolina gerava ao ano para os cofres públicos – com menos taxação –, houve a criação do imposto sobre a exportação do petróleo bruto.
A exportação normalmente não é taxada. Uma velha teoria da economia mostra que isso atrapalha a competitividade.
O problema é justamente esse. Haddad pode gerar ruídos com as empresas multinacionais de petróleo.
A vantagem é que o imposto vai durar apenas quatro meses. A ver as cenas dos próximos capítulos.