Está mais exposto agora, especialmente para a comunidade internacional, o grave erro do presidente Jair Bolsonaro ao ir à Rússia e ignorar a Ucrânia – tomando partido numa guerra que não é nossa. Isso, além de rasgar o papel tradicional da diplomacia brasileira.
O que aconteceu na madrugada desta quinta-feira, 24, com a invasão russa e o intuito de dominar a Ucrânia, revela a magnitude do desacerto do presidente brasileiro.
Na semana passada, Bolsonaro foi ao encontro de Vladimir Putin, disse com todas as letras que era solidário à Rússia, mas não apareceu em Kiev, na Ucrânia.
Agora, a mesma Rússia – vejam vocês como o timing da visita de Bolsonaro foi o pior – está levando o mundo para um momento de extrema incerteza.
Isso também, sem falar na divulgação da fake news de que as tropas estavam saindo da região. Bolsonaro acreditou no que era improvável e ainda tentou tirar casquinha, afirmando ser uma “coincidência ou não”.
O movimento político do presidente brasileiro foi tão ruim, mas tão ruim, que o Itamaraty tentou corrigir divulgando uma nota. Nela, defende o acordo de Minsk, assinado pela Ucrânia, a Rússia, e outros países, em 2014, para pôr fim aos conflitos.
Ou seja, o Itamaraty, que representa a diplomacia brasileira com o histórico de boas participações em momentos conflituosos, apelou para as leis internacionais com o intuito de corrigir o absurdo posicionamento de Bolsonaro em sua última viagem internacional.
Mas… era tarde mais.