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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Zambelli processa por calúnia homem perseguido por ela em SP

Justiça acatou pedido da deputada e mandou Luan Araújo remover post

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 23h57 - Publicado em 30 jul 2023, 13h42

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entrou com um processo criminal contra o jornalista Luan Araújo, homem que foi perseguido por ela após uma confusão em uma rua dos Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado.

Na ocasião, a parlamentar sacou uma pistola e, em meio a uma correria, seu segurança teria feito um disparo para o alto. O agente foi preso em flagrante (ele alega que o tiro foi acidental) e Zambelli responde no STF por porte ilegal de arma. O caso foi visto pelo núcleo próximo ao então presidente Jair Bolsonaro como um dos motivos que o fizeram perder a eleição no dia seguinte.

Na queixa-crime protocolada por Zambelli na última quarta-feira, 26, sua defesa alega que Luan foi o responsável pelo início da confusão. “Insatisfeito com a ideologia política da deputada e visando vitória eleitoral do opositor do então presidente, de maneira extremamente provocativa, o querelado [Luan] iniciou discussão de cunho político, mesmo que a peticionária tivesse solicitado que parasse, até porque estava acompanhada de seu filho que em nada, repita-se, nada se relaciona com sua figura pública”. 

Depois da imediata repercussão dos desdobramentos do ocorrido, Zambelli alega que Luan continuou promovendo reiteradas ofensas contra sua pessoa e cita um artigo escrito por Araújo, intitulado “Perca ou não o mandato, o mal que Zambelli me fez segue impune”. No texto, o jornalista diz que a deputada “segue com uma seita de doentes da extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades (…) que faz parte de uma extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”.  

Para a defesa de Carla Zambelli, o episódio foi traumatizante para os dois lados, mas não garante à suposta vítima ofender a parte acusada reiteradas vezes. “Não há explicação para o tom de suas palavras. Não há dúvida que os episódios vivenciados pelas partes tenham sido traumatizantes e tenham gerado consequências para o próprio querelado, como narrou em sua coluna. Contudo, as consequências não foram diferentes para a querelante, que sofreu danos de imagem, além de repercussões políticas, profissionais, judiciais e, principalmente, pessoais”. 

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Embora o Ministério Público tenha discordado da tese de Zambelli e afirmado que Luan não a ofendeu, o juiz Fabricio Reali Zia, da Vara Especial Criminal paulista, entendeu que no momento não é possível rejeitar os pedidos da autora da ação e determinou a realização de uma audiência preliminar, ainda sem data para ocorrer. Porém, de imediato, o magistrado determinou que Luan remova, em 48 horas, a postagem em que faz referência à deputada federal. Cabe recurso.

 

 

 

 

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