Presos na ‘máfia das apostas’ conseguem uma vitória na Justiça
Trio apontado como líder de quadrilha teve um pedido atendido por magistrado de Goiás
A Justiça de Goiás atendeu a um pedido das defesas de Bruno Lopez de Moura, Romário Hugo dos Santos e Thiago Chambó Yanamoto e manteve o trio preso em São Paulo. Os três são apontados pelo MP goiano como líderes da quadrilha que aliciou jogadores profissionais para fraudar jogos de futebol e obter ganhos financeiros por meio de apostas. O caso ficou conhecido como “máfia das apostas”.
Na decisão em favor dos réus, o juiz Alessandro Pereira Pacheco afirmou que a transferência do estado de origem para o que concentra as investigações não se faz necessário no momento. “Não há fundadas razões para indeferir o pedido dos presos, de continuarem segregados na sua comarca de residência, pois a instrução criminal pode ser dar por meio de carta precatória ou mesmo por audiências via videoconferência, não sendo tal justificativa idônea para impedir o contato familiar assegurado ao preso”, disse o magistrado.
Enquanto traz uma boa notícia para os denunciados, em meio a acusações que poderão deixá-los por muitos anos detidos, o juiz Pacheco determinou que o Ministério Público e a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo apurem o fato de Thiago Chambó ter utilizado um aparelho celular dentro da prisão. Na ocasião, ele enviou mensagens à esposa pedindo para ela transferir dinheiro para que ele pudesse “alugar” um telefone na cadeia. “Oficie-se ao juiz corregedor do presídio onde o mesmo se encontra preso, ao diretor do estabelecimento prisional e a Corregedoria do Departamento Penitenciário do Estado de São Paulo, encaminhando, inclusive, os arquivos onde foi interceptado as ligações e mensagens enviadas pelo denunciado de dentro do estabelecimento prisional para a sua esposa e familiares, para que tome as providências necessárias, instaurando os procedimentos necessários para a investigação e apuração dos fatos narrados”.