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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os detalhes da primeira reunião de Lula com novos ministros

Com a mensagem de 'alinhamento de discurso', encontro terá apresentação de ações do governo e prévia de meta dos 100 primeiros dias de gestão

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jan 2023, 21h43 - Publicado em 5 jan 2023, 21h30

Marcada para a manhã desta sexta-feira, 6, a primeiro reunião ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contará com uma apresentação da Casa Civil.

De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o encontro será um “ponto de partida” do início do governo, além de alinhar o discurso entre Presidência e auxiliares. Nos últimos dias, falas desencontradas de integrantes da nova gestão causaram ruído. Foi o caso da declaração de Carlos Lupi (Previdência), que defendeu a criação de uma comissão para discutir uma espécie de “antirreforma” do atual sistema de regras para aposentadorias, aprovado em 2019 pelo governo Jair Bolsonaro — o que foi refutado um dia depois por Rui Costa (Casa Civil).

“Vamos fazer um grande levantamento das obras, aquelas que podem ser retomadas rapidamente, aquelas que podem ser concluídas. Faremos uma avaliação, inclusive, da composição de como que estão as ações do governo e de como se constrói uma bola relação federativa”, disse Padilha em vídeo divulgado na tarde desta quinta-feira, 5, lembrando que Lula já convocou, para 27 de janeiro, a primeira reunião com governadores de sua gestão.

O ministro de Relações Institucionais declarou, ainda, que estarão na pauta da reunião interministerial a discussão sobre a relação com o Congresso e com a sociedade e a avaliação de quais medidas serão tomadas nos primeiros 100 dias de governo, a partir dos relatórios produzidos por cada grupo de trabalho da transição, que mapeou gargalos das principais áreas do governo.

“(…) Conversar sobre medidas que cada ministérios está analisando, a partir dos cem dias, dos dados trazidos pelos GTs de transição. É um grande passo de início de governo. Um grande passo para fazer com que o Brasil volte a se unir e seja reconstruído, sob a liderança do presidente Lula”, afirmou Padilha na gravação.

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Deslizes

Além das de Carlos Lupi, declarações de outros ministros do primeiro escalão também geraram ruído junto a articuladores políticos do entorno de Lula. Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) chegou a falar em revisão de parte da atual legislação trabalhista, sendo inclusive endossado por Gleisi Hoffmann, que defendeu que o correligionário teria o desafio de “corrigir erros e modernizar” as novas leis que regem as relações de trabalho. Dias depois, declarou em entrevista ao jornal O Globo que não promoveria um “revogaço” de medidas introduzidas com a reforma trabalhista, e que eventuais mudanças seriam negociadas com patrões e empregados.

Marinho também voltou atrás da decisão de acabar com o saque-aniversário do Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço (FGTS), modalidade em que o trabalhador opta por retirar um percentual do valor existente em suas contas, anualmente. Nesta quinta, afirmou que a manutenção ou não do saque será “objeto de amplo debate” junto ao Conselho Curador do FGTS e às centrais sindicais.

No Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira declarou que não concordava com a proposta de que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) passasse a ter uma gestão compartilhada com o Ministério da Agricultura — algo defendido pelo titular da pasta, Carlos Fávaro. A Conab reúne dados sobre produção agropecuária e, no governo Jair Bolsonaro, havia sido deslocada, junto com o Desenvolvimento Agrário, para o guarda-chuva do Ministério da Agricultura.

No primeiro dia de governo, outra canelada. Lula decidiu renovar a isenção tributária sobre combustíveis, em movimento contrário ao sinalizado inicialmente por Fernando Haddad — o ministro da Fazenda solicitou a Paulo Guedes (ex-ministro da Economia) para que a medida — que representa, em síntese, queda de arrecadação do governo — não fosse renovada.

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