Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Fux terminará gestão na presidência do STF sem julgar rachadinha

Processo que vai definir se recolher salário de assessores é crime entrou duas vezes na pauta, foi adiado e agora não tem data. Caso afeta família Bolsonaro

Por Da Redação
Atualizado em 3 ago 2022, 14h54 - Publicado em 3 ago 2022, 09h31

Depois de incluir e de retirar duas vezes da pauta de julgamentos do STF (Supremo Tribunal Federal) um processo que vai definir o futuro das rachadinhas no país, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, terminará sua gestão no mês que vem sem analisar o caso. O julgamento é importante porque até hoje o STF nunca condenou um político por se apropriar dos salários de seus assessores e também porque o desfecho desse processo pode impactar investigações que atingem os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é suspeito de ter praticado rachadinha quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, enquanto o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é suspeito de ter recolhido salários de assessores na Câmara Municipal da capital fluminense.

A ação penal que vai orientar toda a Justiça em julgamentos sobre rachadinha é antiga, referente a fatos ocorridos nos anos 2000 e 2001. Ela estava prevista para ser julgada em novembro de 2021, mas foi retirada da pauta do plenário e remarcada para fevereiro deste ano, quando Fux novamente adiou sua análise. Trata-se de um processo contra o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, que nega irregularidades.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa o parlamentar de se apropriar, com a ajuda de um servidor de seu gabinete, dos salários de assessores pagos pela Câmara dos Deputados. Ele foi denunciado em 2009 sob a acusação de ter usado o cargo para fazer os desvios em proveito próprio — o que, para o Ministério Público, configura o crime de peculato, cuja pena é de 2 a 12 anos de prisão. O caso chegou à PGR em 2003, mas só virou denúncia no STF seis anos depois. Por incrível que pareça, não há consenso a respeito da definição se a prática da “rachadinha” pode ser enquadrada como crime, daí a importância da decisão do Supremo.

O julgamento, inicialmente no plenário virtual, começou quatro anos mais tarde, em novembro de 2020, mas foi adiado naquela ocasião por uma intervenção do ministro Nunes Marques, indicado à Corte por Bolsonaro. Após os votos de Luís Roberto Barroso (relator) e Edson Fachin pela condenação de Silas Câmara, Nunes Marques pediu para que o processo fosse julgado no plenário presencial. Desde então esse julgamento vem sendo postergado.

Fux deixará o comando do Supremo em 12 de setembro, quando será sucedido pela ministra Rosa Weber. Caberá a ela elaborar a pauta de julgamentos do plenário a partir dali.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.