Escolas mais vazias e sem ocorrências: o dia em SP após boatos
Polícia Militar reforçou a segurança e unidades realizaram atividades lúdicas
Apesar do temor que se espalhou por redes sociais e grupos de pais de alunos de que poderiam ocorrer novos atentados contra crianças nesta quinta-feira, 20, as escolas de São Paulo funcionaram dentro da normalidade. Com o policiamento reforçado por determinação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em todo o estado, não foram registradas ocorrências.
Na rede particular, cada unidade tem autonomia para definir suas regras e a maioria optou por não dar falta neste dia. “Em geral faltaram alguns alunos, mas está tudo normal. Não temos relato de colégios fechados”, afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de São Paulo.
Nas escolas municipais, houve rodas de conversas, abraços coletivos e atividades musicais. “Nossa orientação é para que as escolas municipais de toda a capital reservem esta quinta para promover atividades artísticas, esportivas, musicais e demais ações de acolhimento e afeto que reforcem o caráter de paz do espaço escolar e a importância do diálogo e da convivência harmoniosa entre educadores, funcionários, estudantes e familiares”, afirma o secretário municipal de Educação, Fernando Padula. “A medida também ajuda a combater notícias falsas que têm circulado, principalmente nas redes sociais, sobre situações de violência que geram medo, insegurança e desinformação.”
Nos últimos dias, a Polícia Civil detectou diversas ameaças falsas e localizou seus autores. Ao todo, oito adultos foram presos e 27 adolescentes foram fichados por espalhar terror e desinformação na internet. Na semana passada, o governo anunciou a contratação de 550 psicólogos e de 1.000 seguranças privados (desarmados) para atuar de forma emergencial nas mais de 5.000 unidades educacionais estaduais paulistas. O aviso foi feito na Escola Estadual Thomazia Montoro, alvo de um atentado provocado por um aluno, que culminou com a morte de uma professora.
Em nota, a Polícia Militar pede que os pais verifiquem o que as crianças carregam nas mochilas. “A PM realiza ações de prevenção, além das de policiamento, para garantir a segurança e a proteção da comunidade escolar do estado. Após o ataque registrado na escola da Vila Sônia, os comandantes das companhias de área se reuniram com os diretores escolares para discutir a ampliação dos programas e estratégias de combate a agressores ativos. A Secretaria de Segurança Pública reforça o pedido para que pais vejam o que os filhos estão levando para a escola.”