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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Escolas cívico-militares: o prazo do governo de SP para finalizar projeto

Regulamentação de modelo próprio ganhou tração após Ministério da Educação de Lula encerrar programa federal

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 mar 2024, 09h10

Alardeado desde o final do ano passado, o projeto que irá regulamentar as escolas cívico-militares em São Paulo deve ser enviado à Assembleia Legislativa do estado (Alesp) entre março e abril, afirmam fontes do Palácio dos Bandeirantes.

Auxiliares do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) garantem que o texto, que já passou pela Casa Civil, está “praticamente pronto” para ser encaminhado ao Legislativo — o que falta é apenas um despacho com o governador.

O movimento para regulamentar o modelo próprio de escolas cívico-militares, em âmbito estadual, ganhou tração após o Ministério da Educação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir encerrar o programa federal que tratava da modalidade, em julho do ano passado. Em dezembro, Tarcísio anunciou que manteria o projeto estadual e que enviaria o texto à Alesp. Segundo o líder do governo, deputado Jorge Wilson (Republicanos), a proposta terá prioridade assim que chegar à Casa.

No quadro geral, um dos planos do governo paulista é alçar o estado ao primeiro lugar do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), que mede o fluxo escolar e o desempenho de alunos da rede pública. A ampliação do programa cívico-militar é uma das estratégias para atingir essa meta: a ideia é que, inicialmente, as unidades deste modelo sejam implementadas em escolas com baixo desempenho no indicador.

Além da iniciativa, o estado também tem investido em outras frentes para melhorar os índices de Educação. Na última semana, lançou o Alfabetiza Juntos SP, que tem como meta ter 90% das crianças de até sete anos, de todo o estado, alfabetizadas até 2026. A força-tarefa envolve a transferência de recursos para prefeituras, uma vez que a educação infantil da rede pública é majoritariamente vinculada aos municípios. Desta forma, ao chegar à rede estadual no Ensino Médio, defende o governo, os adolescentes já estarão com a capacidade de interpretação aprimorada.

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Expansão

O Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), instituído em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, não criou o modelo, que existe no país desde os anos 1990 nos estados e municípios, mas o alçou à condição de política pública nacional. Difusoras de ideais que inspiram o bolsonarismo, como patriotismo e disciplina, as escolas federais se espalharam até chegar a 202 unidades. Pelo alto teor ideológico, o programa entrou na mira do governo Lula já no seu início e foi enterrado em julho passado.

Ao contrário do que se poderia imaginar, o sistema não foi extinto e tem ganhado sobrevida pelo país, com estados se movimentando para regulamentar e ampliar o modelo. Leia aqui o ranking de estados que mais apostam no modelo.

A afinidade ideológica, claro, norteia o interesse. Os estados com mais identificação com o bolsonarismo são os que mais investem na manutenção ou ampliação do número de unidades, como, além de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás — todos sob a gestão de políticos que estão ou já estiveram no palanque do ex-presidente.

Mesmo em estados gerenciados por quem nunca foi alinhado ao capitão há esforços para manter o sistema, como o Rio Grande do Sul do tucano Eduardo Leite. Há ainda locais como Rio de Janeiro e Pará, que nunca tiveram escolas vinculadas ao programa do MEC, mas têm — e pretendem manter — projetos próprios coordenados pela Polícia Militar.

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