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Maquiavel

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Como têm sido os dias de reclusão de Bolsonaro no Alvorada

Em pouco mais de 45 dias desde a derrota para Lula, presidente trabalhou em média 60 minutos diários

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 dez 2022, 19h39 - Publicado em 14 dez 2022, 16h50

Com uma escassa agenda de compromissos desde que foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro tem vivido dias de reclusão no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República.

Nos cerca de 45 dias desde o segundo turno das eleições, o atual presidente trabalhou uma média de 60 minutos diários, segundo a agenda oficial do Planalto. A maior parte dos encontros foi com membros do próprio gabinete – cerca de 15 horas totais entre despachos com o subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, Renato de Lima França, e o ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria Júnior.

Entre os ministros que mais tiveram tempo a sós com Bolsonaro estão Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União). Cada um teve um total de duas horas de reuniões com o capitão.

Na sequência dos mais assíduos, aparecem Marcelo Queiroga (Saúde), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Carlos França (Relações Exteriores), com audiências que somam uma hora e meia cada.

Os encontros com parlamentares, também presentes na agenda, somam quatro horas. O senador Márcio Bittar (União-AC) esteve por uma hora com o presidente, a convite do próprio, para tratar da “oposição ao governo Lula” no Congresso. O senadores eleitos Rogério Marinho (PL-RN) – postulante de Bolsonaro à Presidência da Casa – e Sergio Moro (União-PR) também estiveram com Bolsonaro.

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Silêncio e lágrimas

Desde o final de outubro, Bolsonaro participou de apenas seis eventos públicos – todos solenidades militares, que vão desde cumprimentos a oficiais generais das Forças Armadas até cerimônias da Marinha.

As aparições foram marcadas pelo silêncio e, em algumas ocasiões, até mesmo lágrimas do presidente. Na última sexta-feira, 9, quebrou o jejum ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, por cerca de vinte minutos. Na ocasião – a primeira fala desde a derrota –, prometeu que “tudo dará certo” e disse que nunca antes havia visto tamanho “apoio da população ir às ruas para um presidente permanecer no poder”.

Na última terça-feira, 13, um dia após atos de vandalismo de bolsonaristas em Brasília, divulgou mensagem “enigmática” durante um evento da Marinha. Na nota, lida por um locutor em nome do presidente, afirma que a instituição é comprometida com o futuro do país e que os fuzileiros navais “lutaram e sempre lutarão para impedir qualquer iniciativa arbitrária que possa vir a solapar o interesse do Brasil”.

O encorajamento a atos antidemocráticos que bradam por um golpe militar tem sido a tônica de Bolsonaro e aliados nos últimos meses e, em particular, desde que perdeu as eleições.

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