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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Com Lula em baixa, PT convoca a militância para ir às ruas no sábado

Gleisi Hoffmann reforça o chamado para os atos, que devem ocorrer em ao menos nove capitais no sábado, incluindo São Paulo e Brasília

Por Da Redação Atualizado em 22 mar 2024, 16h34 - Publicado em 20 mar 2024, 10h23

No momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta a queda da avaliação de sua gestão, o PT decidiu reforçar a convocação do eleitorado para os atos de rua que planeja fazer no próximo sábado, 23. O partido tenta emplacar a data como “Dia da Mobilização Nacional” com organização de manifestações em todo o país — os atos já foram confirmados em nove capitais brasileiras, incluindo São Paulo e Brasília. Em Salvador, o ato deverá ter a presença, inclusive, do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (veja convocação abaixo). No Rio, o ato foi cancelado devido às fortes chuvas.

Ato PT
Convocação para ato do PT no domingo em Salvador, que terá a presença do governador Jerônimo Rodrigues (Reprodução/Reprodução)

Em comunicado assinado pela presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, a legenda convida apoiadores às ruas para “defender as lutas do povo brasileiro, o governo Lula e a democracia em nosso país”. O documento, enviado aos dirigentes partidários estaduais e municipais e secretários de movimentos populares, propõe temas como “Em defesa da democracia”, “Golpe e ditadura nunca mais”, “Sem anistia para os golpistas” e “Contra o genocídio na Palestina” para pautar as manifestações. Inicialmente, o núcleo mais próximo a Gleisi e Lula tentou incluir reivindicações de prisão do ex-presidente entre as pautas dos protestos, o que incomodou petistas mais moderados da legenda.

Gleisi e outros militantes petistas vêm endurecendo o discurso contra o bolsonarismo e os pedidos de condenação dos envolvidos nos atentados de 8 de janeiro de 2023. “Sem punição justa e pedagógica para todos, do chefe aos executores, dos financiadores aos propagandistas, dos cúmplices aos omissos, eles não vão desistir”, diz Gleisi em nota no site do partido convocando a militância para os atos.

Medição de forças

Embora a cúpula do PT venha evitando tratar os atos do próximo domingo como reação à recente manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro que reuniu uma multidão na Avenida Paulista, em São Paulo, existem alas no partido e da esquerda que pensam que as manifestações de rua convocadas pelo PT podem ser um tiro no pé, já que a comparação de adesão entre os eventos será inevitável.

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No último 25 de fevereiro, Bolsonaro conseguiu reunir algo próximo de 185 mil apoiadores na Avenida Paulista, segundo estimativa de pesquisadores da USP, e as imagens resultantes do evento sugerem uma mensagem de resistência robusta do bolsonarismo no país. A preocupação de setores menos radicais do PT é de que, ao investir pesado na mobilização da militância de esquerda, os aliados de Lula estejam assumindo o risco de demonstrar menos força que o ex-presidente no apoio vindo das ruas.

Bolsonaro nas ruas

Por outro lado, o ex-presidente também tem intensificado a sua agenda nas ruas, mesmo em meio ao cerco promovido pela polícia e pelo Judiciário. Na terça-feira, 19, quando a PF pediu o seu indiciamento por falsificação de cartão de vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro anunciou uma extensa agenda pelo país — leia a matéria aqui.

Ainda neste mês, ele estará em Rio Branco (AC) entre os dias 21 e 23, e em São Paulo (SP) nos dias 25 e 26. Em abril, deve começar o giro por Minas Gerais e Goiás, onde passará por Uberaba, Uberlândia e Goiânia. De lá, parte para Maceió (AL) e, na sequência, segue para o Mato Grosso: Cuiabá, Diamantino e Campo Novo do Parecis estão no roteiro. Novamente no Nordeste, o ex-presidente deve visitar Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB) entre os dias 11 e 13 de abril. No dia 17, desembarca em Sinop (MT). Boa parte desses encontros deverá servir para alavancar aliados em capitais estratégicas, como é o caso do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) na capital paraibana.

Na semana passada, quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, levantou os sigilos dos depoimentos sobre a tentativa de golpe que teria sido tramada no final de seu governo, em 2022, para impedir a posse de Lula, Bolsonaro também postou vídeos de multidões acompanhando as suas visitas a cidades da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

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