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Com a mesma idade, Campos superou o pai ao vencer eleição em Recife

Herdeiro político de Eduardo Campos conquistou o posto que o ex-governador tentou em 1992 e perdeu

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 dez 2020, 10h06 - Publicado em 4 dez 2020, 10h00
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  • O prefeito eleito de Recife, João Campos (PSB), tem seguido à risca os passos do pai, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014, em sua trajetória política.

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    Em 1992, Eduardo Campos disputou pela primeira vez um cargo majoritário, a prefeitura de Recife. Assim como o filho hoje, ele também tinha 27 anos. A diferença é que ele recebeu só 25.605 votos e ficou em quinto lugar, na frente apenas de Luciano Bivar, hoje presidente do PSL. Naquele ano, quem ganhou a eleição foi Jarbas Vasconcelos, do MDB, que na última eleição declarou apoio à campanha de João Campos. Há ainda uma outra coincidência – o vice de Eduardo Campos era Roldão Joaquim, pai de Isabella de Roldão (PDT), a vice eleita com João.

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    Assim como o pai, João Campos foi preparado para ser político desde a juventude. Formado em engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco, ele chegou a trabalhar como chefe de gabinete na gestão do governador Paulo Câmara (PSB) antes de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Em 2018, com uma estrutura digna de cargo majoritário (custou 1,5 milhão de reais), ele foi o deputado mais bem votado da história de Pernambuco, com 460.387 votos.

    Eduardo Campos, por sua vez, também foi chefe de gabinete do então governador e seu avô Miguel Arraes, um ícone da política pernambucana que foi deposto e exilado na ditadura militar e no fim acabou comandando o estado por três mandatos. Como não conseguiu se eleger prefeito em 1992, Campos pai tentou a sorte dois anos depois como deputado federal. Recebeu 133.347 votos e foi o mais votado de Pernambuco, na época.

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    O ex-governador Eduardo Campos (PSB), em campanha à Presidência em 2014, ao lado do filho João (./Divulgação)

    Eduardo Campos foi o herdeiro político inconteste de Miguel Arraes. E João Campos, o de Eduardo. Pessoas próximas à família dizem que ele “respira política” desde criança e que se consagrou nessa posição quando fez discursos emocionados durante a campanha de 2014, alguns meses após o seu pai ter morrido num acidente aéreo. “Ali ele revelou a sua vocação. Eu disse a João agora: ‘você precisará ser melhor para provar para todo mundo que não é só o sobrenome'”, afirmou o deputado Tadeu Alencar, que foi procurador-geral do Estado no governo Campos e líder do PSB na Câmara.

    No discurso da vitória no último domingo, dia 29, João evocou o legado do pai ao dizer que ele é sua “referência na política”. O candidato do PSB superou a prima, Marília Arraes (PT), no segundo turno, numa campanha marcada por ataques recíprocos na qual uma das principais pautas era o racha interno da família Arraes.

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