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Recife: Com 27 anos, Campos é eleito o prefeito mais jovem de uma capital

Disputa acirrada teve brigas de família, racha na esquerda e muitas ações judiciais. Rompimento entre PSB e PT deve reverberar no plano nacional

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 nov 2020, 19h01 - Publicado em 29 nov 2020, 18h45

Com 27 anos, João Campos (PSB) foi eleito o prefeito mais jovem de uma capital (no caso, Recife), na história do país. Ele superou a adversária e prima, Marília Arraes, do PT, por uma margem de mais de 100.000 votos.

A vitória do filho de Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes significa uma derrota acachapante para o PT, que rompeu com o PSB local para lançar a candidatura de Marília. A rixa entre os dois partidos de esquerda é tida como irreversível e deve reverberar no plano nacional para a eleição de 2022.

Considerada a “capital do Nordeste”, Recife mobilizou ícones da política nacional e virou a encarnação do racha que existe hoje na esquerda brasileira – Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Flávio Dino (PCdoB) apoiaram João Campos (PSB), enquanto Fernando Haddad (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) se manifestaram pró-Marília (PT).

Numa das disputas mais acirradas deste ano, Campos e Marília protagonizaram um embate quente que envolveu questões familiares, acusações recíprocas de corrupção e dezenas de ações na Justiça.

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Logo após o primeiro turno, Marília chegou a ultrapassar Campos nas pesquisas eleitorais, mas o crescimento dela foi contido após lideranças evangélicas entrarem em campo a favor do candidato do PSB. Campos explorou na televisão uma fala de Marília se posicionando contra a leitura da Bíblia na Câmara Municipal, e panfletos apócrifos circularam nos templos, dizendo que “quem é cristão, não vota em Marília”.

Nos últimos dias, a petista ainda tentou se contrapor a esse levante religioso – neste domingo, dia 29, se reuniu com lideranças evangélicas mais progressistas e foi à missa numa Igreja Católica. Mas já era tarde demais.

A capital pernambucana viveu na última semana um clima de dérbi entre os vermelhos (PT) e os amarelos (PSB). O confronto, que ganhou ares de “Casos de Família”, despertou o interesse de uma parcela grande da população que saiu às ruas para participar de bandeiraços, panfletaços e carreatas. A vitória de Campos sobre Marília foi celebrada com fogos de artifício que foram disparados em diversos pontos da cidade.

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