Cavalo ilhado sobre telhado em Canoas é resgatado de bote por bombeiros
Animal, apelidado de 'Caramelo', estava há quatro dias sem acesso a comida e água em cima de casa submersa pela água
Um grupo de bombeiros resgatou na manhã desta quinta-feira, 9, um cavalo que ficou ilhado em cima do telhado de uma casa atingida pelas enchentes em Canoas (região metropolitana de Porto Alegre). Sem comida e água há pelo menos quatro dias, o animal ficou equilibrado sobre um pedaço do telhado de uma residência que foi completamente submersa pela lama.
O equino foi retirado de bote com o acompanhamento de médicos veterinários e bombeiros. Um helicóptero chegou a ser mobilizado para a operação, que também teve o apoio do Exército. A primeira-dama Janja da Silva chegou a pedir, via redes sociais, esforço das Forças Armadas para resgatar o animal, apelidado de “Caramelo” por causa da cor da sua pelagem.
Equipe já está pertinho do Caramelo. Vai dar certo. E já temos um haras para onde ele vai. 🙏🏻 pic.twitter.com/n8eIuD3F6T
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) May 9, 2024
As estimativas do governo e de ativistas é de que mais de 6.000 animais já tenham sido resgatados nas enchentes do Rio Grande do Sul. A tragédia, sem precedentes, já deixou 107 pessoas mortas, 136 desaparecidos e 374 feridos. Mais de 164 mil pessoas estão desabrigadas e 67 mil estão em abrigos. No total, a estatística da Defesa Civil do Rio Grande do Sul é de que 1,4 milhão de pessoas foram impactadas pela catástrofe climática.
O nível do Lago Guaíba chegou ao seu nível máximo no último domingo, 5, atingindo a altura de 5,3 metros. As chuvas deram uma trégua durante a semana, mas a previsão é de que nos próximos dias as precipitações voltem a castigar o estado.
Houve uma pequena diminuição do nível das águas do lago. O boletim divulgado pela Defesa nesta quinta afirma que, às 7h da manhã, o nível da água estava em 5,04 metros — o que ainda é bastante elevado. Há 81 trechos de rodovias estaduais e federais que estão bloqueados por causa de pistas e pontes que submergiram completamente sob a lama ou tiveram sua estrutura completamente destruída. Ainda há 185 mil residências sem energia elétrica.