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Alimentação, nutrição e gastronomia: vinho, champagne e suco de uva

Nós estaremos falando desses alimentos na prevenção da doença cardiovascular, no estilo de vida.

Por Daniel Magnoni
Atualizado em 26 dez 2019, 15h22 - Publicado em 26 dez 2019, 12h41

Vinho, champagne e suco de uva tem uma substância famosa, o resveratrol, antioxidante natural presente nas frutas vermelhas ou escuras (amora, pitanga, framboesa, romã…) que atua nos processos de envelhecimento, aterosclerose e degeneração celular. O consumo dessas frutas e sucos, regularmente, e por muitos anos, está associado à menor incidência de diversas doenças.

O famoso resveratrol presente na casca das uvas é um dos responsáveis pela “fama” do vinho na prevenção da doença cardiovascular. De forma resumida, ele aumenta a captação do colesterol ruim (LDL colesterol) pelo fígado e pode aumentar o nível sanguíneo do colesterol bom (HDL colesterol). O resveratrol é atuante nos processos de retardar o envelhecimento, reduzir a  inflamação e bloquear o desenvolvimento de células cancerosas.

No entanto, é preciso muita cautela, as pesquisas clínicas não identificaram corretamente todo o trajeto metabólico do resveratrol após a ingestão. Os trabalhos mostram associação entre o consumo e respostas em marcadores celulares. Isto é, ele faz parte do processo, mas o como, onde e por que ainda precisa ser pontuado.

O importante de tudo é ressaltar que os trabalhos em estilo de vida, muitos deles avaliando o consumo de vários alimentos, não estudam o vinho como terapia, mas a inserção dele em muitos fatores pró ativos na redução da inflamação arterial, que são lesões dentro das artérias e base de todo o processo da aterosclerose.

Algumas uvas tem maior concentração desse polifenol, concomitantemente alguns vinhos serão mais ricos em resveratrol. Veja abaixo a tabela:

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Atenção: esse valor é de mg/litro. Por exemplo: Em 100 ml de um Pinot Noir teremos 29 mg. Os trabalhos, em média, testaram a dose de 150 mg por dia. No nosso exemplo seriam necessários 500 ml por dia. E, nesse caso a dose é alta, pelo componente alcoólico e calórico.

Poderíamos ter vários textos sobre champagne mas, algumas dicas:

– Os vinhos espumantes da região de chanpagne são os únicos que podem ter a denominação “Champagne”

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– A predominância da uva Pinot Noir fornece a estrutura que é tipica, enquanto, a mistura de outras uva dá o tom de diferenciação.

– Na veuve Clicot, por exemplo, um toque de Pinot Meunier completa a mistura com a uva Chardonnay adicionando a elegância e finesse perfeitamente equilibrada.
50 a 55% de Pinot Noir
15 a 20% de Pinot Meunier
28 a 33% de Chardonnay

– O processo chamado de champagnoise utilizado na região de Champagne se diferencia do método chamado de Charmat, no qual a segunda fermentação ocorre dentro da garrafa, tornando o espumante mais barato.

– Espumantes com dupla fermentação, onde a elaboração ocorre em grandes volumes, possuem um custo reduzido e uma produção em maior escala. No entanto, todos podem ser chamados de Champagne e devem ter o método de champagnoise inserido no rótulo.

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– A complexidade dos aromas e sensações, é quase que instantaneamente percebida pelo nariz, enquanto a força dos odores explode no palato. As notas frutadas iniciais são complementadas pelas notas de brioche e baunilha, cítricos e flores provenientes do envelhecimento na garrafa por, no mínimo, 24 meses.

– O Brut oferece o equilíbrio ideal entre requinte e potência.

Como degustar um vinho sem ser “enochato”?

Na verdade, identificando quatro características básicas, você já estará dentro do universo do vinho e poderá apreciar detalhes muito interessantes.

– Tanino: oriundo da pele e das sementes das uvas. Confere as sensações gustativas do amargor; azedo leve; aderência ao palato, aderência à língua. Para identifica-lo, deguste um Pinot noir versus um Barolo, identifique a leveza no primeiro versus o encorpado do segundo.

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– Açúcar: aumenta a sensação frutada e proporciona maior riqueza de aromas.

– Álcool: configura a sensação de peso, vinhos com alto teor alcoólico preenchem todo o paladar. Compare um vinho alemão (baixo teor alcoólico) com um vinho Zinfandel californiano (alto teor alcoólico).

– Acidez: promove vivacidade na degustação, amplia as sensações. Vinhos mais envelhecidos possuem menor acidez.

Pronto, agora além de conhecer um nutriente importante, poderá aprecia lo do ponto de vista da gastronomia.

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Daniel Magnoni

 

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