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Norma Morandini: “A mentira desestabiliza as instituições”

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Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 ago 2022, 17h16 - Publicado em 30 ago 2022, 17h00

“A corrupção se desvelou diante de nossos olhos devido às denúncias de jornalistas independentes, que desde a década de 1990 nos dão indícios de negócios e fraudes por parte de funcionários desonestos. Uma corrupção igualmente protegida pelas trevas e uma tradição política autocrática que reduz a democracia à maioria eleitoral, confunde o Estado com o governo, usa o dinheiro público como seu e apela, para se perpetuar no poder, a uma justificação cínica: “Fazer política é preciso dinheiro” [frase do ex-presidente Néstor Kirchner]. O dinheiro compra impunidade, corrompe juízes, políticos e jornalistas e monta histórias de propaganda para evitar a realidade e minar a democracia. Como disse Hannah Arendt em seu ensaio Truth and Lies in Politics, “a política descolada da verdade se corrompe por dentro e acaba transformando o Estado em uma máquina destruidora do Direito”. Fatos geram opiniões, e mesmo quando essas opiniões são emocionais e interessadas, são igualmente legítimas, desde que respeitem a veracidade dos fatos, disse Arendt (…) Hoje as ameaças à democracia surgem da força do autoengano e da falsificação dos fatos. Especialistas em marketing político e opinião pública às vezes reduzem a democracia a um golpe publicitário (…) A mentira desestabiliza as instituições porque destrói a confiança dos cidadãos na liderança e em nós mesmos quando se trata de responsabilizá-los por suas terríveis decisões. Hoje parecemos mais preocupados com a verdade. Não porque haja uma onda de indignação moral, mas porque tememos perder a liberdade e a democracia, a única garantia de que a mentira não prevalecerá.”

(Norma Morandini, jornalista, escritora e ex-senadora argentina, em crítica às ameaças do governo e do partido peronista da Argentina ao Judiciário, que analisa uma dezena de acusações contra a ex-presidente Cristina Kirchner por corrupção. Do desfecho judicial desses processos depende a candidatura de Cristina Kirchner a um novo mandato presidencial, em 2003.)


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