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Jorge Pontes Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.
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Bolsonaro em guerra declarada contra realidade

Governo federal promove desinformação ao optar por um cálculo que tortura os números do coronavírus no país

Por Jorge Pontes
9 jun 2020, 09h27
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  • Como se não bastasse o gabinete do ódio e sua usina de fake news, montado nas antessalas do Planalto, o governo Bolsonaro resolveu ir ainda mais longe na sua guerra contra as verdades que não lhe convém.

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    Ao optar por um cálculo que tortura os números e promove a maquiagem no fechamento de dados sobre as vítimas da Covid-19 no Brasil, o governo federal promove desinformação, além de desrespeitar o sofrimento daqueles que sucumbiram à pandemia, e de suas famílias.

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    Além da falta de solidariedade para com os mortos, a manipulação dos números afeta a imagem do Brasil no exterior e, o pior de tudo, ainda compromete o planejamento de ações futuras para o enfrentamento à pandemia.

    Se o presidente Bolsonaro tivesse optado por, desde o início, encarar a crise da Covid-19 com mais sensibilidade às vidas dos brasileiros, não estaria agora enfrentando um quadro de mais de mil óbitos diários.

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    Ao que parece, Jair Bolsonaro estaria pedindo para que fossem sempre anunciadas “menos de mil mortes por dia”.

    O presidente agora vê os mortos como seus inimigos, e quer se livrar deles simplesmente ignorando seus registros.

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    Faz sentido, para quem aparenta constantemente se conduzir focado apenas na própria reeleição, com o horizonte em 2022.

    Não é à toa que durante um dos períodos mais críticos do enfrentamento ao coronavírus, dois ministros da Saúde foram trocados em menos de 40 dias.

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    Agora está bem claro que tanto Mandetta como Teich se recusaram a atuar contra as suas consciências e as suas convicções científicas.

    Triste mesmo é perceber que sempre haverá alguém disposto a aceitar o papel de fantoche, para satisfazer, contra o bom senso, contra a própria ciência, e atualmente até contra os números, o desejo dos poderosos da vez.

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