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Apagão nos dados da pandemia começou a ser armado pelo Planalto em abril

Há dois meses, Bolsonaro tentou pela primeira vez interferir nas estatísticas do Ministério da Saúde sobre as mortes por coronavírus

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jun 2020, 08h22 - Publicado em 9 jun 2020, 06h03

No início de abril, o ministro da Saúde ainda era Luiz Henrique Mandetta e a exigência de Jair Bolsonaro, lançada sobre a mesa numa dura conversa no gabinete presidencial, era a mesma do momento: os dados da pandemia.

Bolsonaro estava indignado com a coletiva comandada por Mandetta diariamente, às 17h, para comentar os dados de mais um dia de avanço do coronavírus no país, que tinha passado de 1.000 mortes e acumulava 22.300 brasileiros infectados.

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Naquela conversa, o presidente revelou pela primeira vez o plano posto em prática nos últimos dias, que praticamente implodiu o único serviço de credibilidade do governo na pandemia, o controle estatístico da crise.

Naquele início de abril, Bolsonaro exigia que o ministério deixasse a contagem de mortes em segundo plano. A ideia era abrir todos os dias a coletiva dando destaque ao “placar da vida”. Mandetta e seus secretários, diante de tamanho descolamento da realidade da proposta, deram de ombros para as medidas alopradas de Bolsonaro e deixaram o governo.

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O tal placar pedido por Bolsonaro acabou sendo criado no fim de abril, omitindo da contagem justamente os mortos (veja abaixo).

Nesses período, o Planalto postou diariamente nas redes seu placar da vida, mas a medida não pegou nem mesmo entre os bolsonaristas. O que haveria de se comemorar numa pandemia em que um brasileiro é derrotado a cada minuto para a doença, afinal?

Ciente de que é o grande responsável pelas quase 40.000 mortes na pandemia, Bolsonaro tentou resolver o problema apagando os números tenebrosos do quadro. A responsabilidade presidencial pela inépcia e omissão na condução do país durante essa crise é fato consumado. Bolsonaro, no entanto, pode tirar algum proveito do caos produzido pelo apagão estatístico.

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Desde que o Ministério da Saúde desmoralizou seu próprio controle de dados da pandemia, mudando metodologias em pleno jogo, uma série de iniciativas surgiram para realizar a centralização informal dos números.

Num primeiro momento, a medida parece acertada, afinal, transparência é o melhor instrumento de combate em uma crise. O problema é se os múltiplos levantamentos começarem a divergir no resultado final. Desmoralizar a contagem, qualquer contagem, é o que o bolsonarismo mais deseja para tentar esconder sua culpa.

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