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Por Raquel Carneiro
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Os asiáticos dominaram o Oscar 2023 – e com razão

O filme 'Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo' roubou todos os holofotes da premiação de cinema, atestando nova faceta de Hollywood

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 mar 2023, 00h45 - Publicado em 13 mar 2023, 00h33

O Oscar 2023 foi marcado pela representatividade asiática. Recordista de indicações da noite com chances em onze categorias, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, filme protagonizado por atores asiáticos e com uma história centralizada em uma família de imigrantes chineses nos Estados Unidos, abocanhou sete estatuetas: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, melhor ator e atriz coadjuvantes, roteiro original e montagem. Favorita ao prêmio de melhor atriz, Michelle Yeoh conquistou o troféu por sua performance no longa do estúdio A24, sendo a primeira amarela a conquistar tal feito.

As atuações de Michelle Yeoh e Ke Huy Quan, e a direção de Daniel Kwan (em parceria com Daniel Scheinert) por Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo representam trabalhos afiados, e o reconhecimento por tais figuras atesta uma nova tendência do mercado cinematográfico: Hollywood está se curvando de vez ao soft power oriental.

Logo no começo da noite, Ke Huy Quan faturou o Oscar de melhor ator coadjuvante, com direito a um discurso emocionadíssimo. Além dos atores do grande filme vencedor da noite, Hong Chau foi indicada à estatueta de atriz coadjuvante por sua participação em A Baleia. As quatro indicações representam o recorde de indicações de atores originários da Ásia em uma edição da premiação, superando as três de 2004, que incluía os atores indianos e iranianos Ben Kingsley e Shohreh Aghdashloo (ambos por Casa de Areia e Névoa) e o astro japonês Ken Watanabe, de O Último Samurai.

O Oscar 2023 destacou uma safra abundante profissionais amarelos, de cineastas a músicos, além de roteiristas, intérpretes, especialistas em animação, figurino e maquiagem. Pela primeira vez, a Índia foi indicada três vezes. O documentário indiano Tudo O que Respira perdeu para o ruso Navalnymas seu “irmão” venceu o melhor documentário curto, com Como Cuidar de um Bebê Elefante (disponível na Netflix). RRR (Revolta, Rebelião, Revolução) conquistou não só o prêmio de melhor canção por Naatu Naatu, como também a plateia com uma bela apresentação.

Ver tantos asiáticos reconhecidos pela Academia alegra os cinéfilos que clamam por maior diversidade nos filmes americanos. Em contrapartida, o Oscar deixou de mostrar o mesmo apreço por outras minorias. Nenhum ator negro foi indicado nas categorias principais de atuação, e a ausência de diretoras na corrida pela estatueta de melhor direção também ficou evidente. Apesar disso, a noite foi dominada pelos asiáticos com razão. Além das vitórias merecidas de Michelle Yeoh e Ke Huy Quan atenderem uma demanda inevitável por diversidade –o que agrada muito na atualidade, o reconhecimento de artistas não-brancos, mesmo que tardio, só exalta a potência de uma tendência mercadológica também crescente: o público asiático é essencial para se fazer ainda mais dinheiro. Para os Estados Unidos, é sempre importante lucrar.

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