Surpreendeu a retomada do exame de habeas corpus para o ex-presidente Lula, mas cumpre esclarecer que o que foi posto em análise não tem nada a ver com o questionamento da imparcialidade do então juiz Sergio Moro, embora este assunto possa ainda ser posto em discussão na sessão de hoje.
O que a segunda turma discute é a alegação da defesa de Lula sobre a conduta do ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal Justiça, no julgamento que manteve a prisão do ex-presidente e que teve Fischer como relator. Se o tribunal acolher o HC, Lula será solto.
Quanto ao pedido de soltura baseado na conduta de Sergio Moro no processo do apartamento do Guarujá, se houver tempo poderá entrar na pauta. Apesar de o entendimento prevalecente entre os ministros do STF seja o de que o melhor seria esperar para ver o que o site Intercept ainda poderá publicar sobre as mensagens trocadas entre Moro e Deltan Dallagnol, um ruído interno provocado pela negativa da ministra Carmen Lúcia de que teria sido dela a decisão de adiar o exame do assunto acabou provocando a vira volta e o atendimento ao pedido da defesa de Lula.