Nova pesquisa Datafolha alimenta o maior temor de Bolsonaro
Após pacote de bondades, nova pesquisa mostra corrida presidencial estacionada
A nova pesquisa Datafolha, divulgada no fim da tarde desta quinta-feira, é mais um balde de água fria na campanha do presidente Jair Bolsonaro. Somente no último mês, período que separa o novo levantamento dos dados anteriores do instituto, Bolsonaro abriu o cofre do governo para aprovar seu mega pacote de bondades para a eleição. Também elevou as pressões para jogar para baixo o preço dos combustíveis. Mas, pelo menos até agora, nada surtiu efeito nas intenções de voto do presidente.
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Segundo os dados divulgados hoje, Lula tem 47% das intenções de voto, mesmo patamar da pesquisa anterior. Bolsonaro aparece com 29%. Na última pesquisa, tinha 28%.
Numericamente, a diferença de Bolsonaro para Lula encolheu apenas um ponto. Uma oscilação, dentro da margem de erro. Portanto, na prática, a corrida presidencial continua estagnada. Nem mesmo com uma enxurrada de benefícios sociais, pensados para durar até o fim do ano eleitoral, foi possível obter um movimento consistente em favor do presidente.
O quadro parece praticamente congelado também nas candidaturas de centro. Ciro Gomes (PDT) mantém seus 8%. E Simone Tebet (MDB), recém-confirmada candidata ao Planalto com apoio do PSDB e do Cidadania, tem 2%.
Mas ainda há tempo para que Bolsonaro consiga colher algum fruto de seu pacote eleitoral. Embora tenha sido anunciada, a concessão de benefícios como o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 ainda não chegou ao bolso do consumidor. A luz no fim do túnel para Bolsonaro é que houve uma oscilação positiva de 3 pontos entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos.
Resta saber qual será seu desempenho frente a Lula, que nos últimos dias deu início a uma espécie de contra-ataque ao pacote de bondades de Bolsonaro. Saiu disparando, por exemplo, a promessa de devolver ao Auxílio Brasil o nome de Bolsa Família e tornar permanente o valor de R$ 600.
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