Maior problema de Bolsonaro na reta final nasceu dentro do governo
Busca de uma receita para resolver as contas públicas num eventual segundo governo virou munição pesada para o adversário
O segundo turno anda complicado para o presidente Jair Bolsonaro. Teve desde a polêmica sobre “pintar um clima” com meninas venezuelanas até tiroteio com ares de cinema chinfrim protagonizado pelo agora ex-amigo Roberto Jefferson. Mas, nos bastidores, um aliado de primeira hora do presidente admite que um problema enorme da campanha nesta reta final nasceu dentro de casa: o vazamento de informações sobre projetos do Ministério da Economia para um eventual segundo governo.
É daí que vieram duas notícias que servem de munição pesada para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesses dias que antecedem a ida às urnas: as possibilidades de o governo desvincular o salário mínimo da inflação e acabar com deduções de gastos com saúde e educação do Imposto de Renda. Lula já foi para a TV levantar o risco de um congelamento do mínimo e deve levar à propaganda a tese de que Bolsonaro planeja tirar mais direitos do trabalhador se reeleito.
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