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Bolsonaro ganhou presente de Lula e soube usá-lo para furar a bolha

Ao faltar a debate, petista ofereceu ao adversário oportunidade de tentar furar a bolha

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 25 out 2022, 09h46 - Publicado em 22 out 2022, 10h15

Quem esteve na noite de ontem nos estúdios do SBT viu um Jair Bolsonaro tranquilo, cercado de auxiliares sorridentes que não economizavam no discurso otimista. O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, deixou o estúdio livre para o rival, ao se recusar a participar do debate organizado pelo pool de veículos de comunicação integrado por VEJA, ao lado de SBT, CNN Brasil, Terra, NovaBrasil e Estadão/Eldorado.  Bolsonaro foi para a entrevista preparado para usar o espaço da melhor forma possível. E jogou com o claro objetivo furar a bolha e ganhar votos fora da sua zona de conforto.

+Leia também: O que revelam as pesquisas que mais acertaram sobre Lula x Bolsonaro

O presidente usou um tom sereno durante praticamente toda a entrevista, mesmo diante de perguntas desconfortáveis. Ensaiou se exaltar em algumas pouquíssimas ocasiões, mas logo retornava ao personagem cuidadosamente escolhido para a ocasião.

Nos bastidores, integrantes do QG bolsonarista consideraram o desempenho um absoluto sucesso. Disseram que Bolsonaro seguiu à risca o script. Um deles, em conversa com a coluna logo após a entrevista, elogiou a receita usada por Bolsonaro para neutralizar a polêmica sobre a desindexação do salário mínimo. Um problema, admitiu o auxiliar, criado dentro de casa e com potencial de fazer estrago.

Nesta semana, o jornal Folha de S. Paulo trouxe a notícia de que o ministro Paulo Guedes estuda apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição para acabar com a vinculação do salário mínimo à inflação, como prevê atualmente a Constituição. Hoje, o reajuste é feito ano a ano, conforme a inflação real do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Segundo a reportagem, algumas opções – ainda sem martelo batido – estariam na mesa: usar a meta de inflação fixada pelo governo como critério ou adotar outro índice, mais vantajoso para os cofres públicos.

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Questionado por esta colunista sobre o tema, Bolsonaro comprometeu-se a conceder um aumento real do salário mínimo no ano que vem. Mesmo não havendo previsão orçamentária, apoiou-se na promessa de taxar lucros e dividendos para bancar o reajuste. Mas o presidente não respondeu a parte da pergunta, sobre se iria se comprometer a não mexer no critério de reajuste atual da inflação. Bolsonaro saiu-se bem ao passar a bola para o Congresso. Investiu na tese de que não haveria aprovação parlamentar à mudança e repetiu que esta seria apenas mais uma fake news.

À coluna, um ministro de Bolsonaro disse que a campanha ainda irá avaliar se esse tom mais sereno de Bolsonaro será mantido até o fim deste segundo turno. Segundo ele, o presidente conseguiu desviar das tentativas da campanha petista de atingi-lo. “Eles estão buscando uma bala de prata”, afirmou. Segundo ele, o voto mais ideológico já está garantido. Agora, falta Bolsonaro encontrar uma receita para ganhar os indecisos que esperam dele medidas mais concretas para um eventual novo governo.

+Veja também: Bolsonaro aproveita o gol vazio para golear Lula na sabatina de VEJA

 

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