Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

‘O país do estamos providenciando’, um texto de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann As autoridades prometem que, daqui pra frente, tudo vai ser diferente, o torcedor briguento de futebol vai aprender a ser gente. O pior é que não somos só nós que sabemos que é tudo conversa mole: as autoridades também sabem. 1 ─ O mesmo torcedor é preso em Oruro, na […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 04h49 - Publicado em 11 dez 2013, 10h07

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

As autoridades prometem que, daqui pra frente, tudo vai ser diferente, o torcedor briguento de futebol vai aprender a ser gente. O pior é que não somos só nós que sabemos que é tudo conversa mole: as autoridades também sabem.

1 ─ O mesmo torcedor é preso em Oruro, na Bolívia, e pouco depois em Salvador, na Bahia. Já esteve em Tóquio, no Japão. De onde tira tanto dinheiro?

Continua após a publicidade

─ Um torcedor foi fotografado, na briga das torcidas organizadas do Atlético Paranaense e do Vasco da Gama, com um porrete quase do tamanho dele, com pregos na ponta. Por mais ingênuo que seja o policial, ou o porteiro, ou o segurança, que é que imaginou que ele pretendia fazer no estádio com o porrete? OK, temos de admitir que há possibilidades diversas, mas com pregos na ponta?

3 ─ Um ex-vereador de Curitiba, Juliano Borghetti, do PP, membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, membro da Comissão Especial para Assuntos da Copa 2014, superintendente da Ecoparaná, aliado do governador tucano Beto Richa, foi fotografado no meio da briga de atleticanos e vascaínos. Enfim, uma autoridade ativa! Pena que sua atividade seja participar de guerra de torcidas.

A solução para pacificar os estádios é simples: a mesma da Inglaterra, e não há falta de câmeras por aqui. É identificar e punir os baderneiros ─ ou com proibição de ir ao jogo, supervisionada pela Polícia, ou com prisão. E aqui? Por cerca de um ano, funcionou no Ministério da Justiça a Comissão Técnica de Combate à Intolerância Esportiva. Neste ano não houve brigas em estádios. Ao assumir, o ministro José Eduardo Cardozo acabou com ela.

Continua após a publicidade

Por que? Perguntem a ele, oras!

Parecia bom
Pior do que a ideia má é a falsa boa ideia. Eleição direta no futebol, por exemplo. Para garantir o apoio de uma massa organizada, a diretoria do clube abre os cofres para as torcidas organizadas (as que provocam as brigas). Surgem as viagens subsidiadas, os ingressos gratuitos ou com descontos, para que os líderes possam revendê-los, e se forja a aliança entre clube e baderneiros. Experimente o caro leitor comprar um ingresso numerado e, ao encontrar sua cadeira ocupada, chamar o segurança. Ele não vai tomar providência alguma.

Sabe quem manda.

Continua após a publicidade

Sem baderna
O prefeito paulistano Fernando Haddad, do PT, está sendo hostilizado pelo Movimento dos Sem Teto, sabe-se lá por qual motivo. Até aí, faz parte do jogo. O que não faz parte do jogo é reunir um grupo de baderneiros em frente à casa do prefeito, de madrugada, para impedi-lo de dormir. O prefeito tem direito à sua vida particular, tem direito ao descanso; tem vizinhos, tem família. Quem quiser se manifestar que vá, ordeiramente, pacificamente, a seu escritório na Prefeitura.

Civilização, enfim
A presidente Dilma Rousseff convidou para acompanhá-la aos funerais de Nelson Mandela todos os ex-presidentes. É uma demonstração de urbanidade. Dilma, aliás, mostra mais pendor para a convivência civilizada que seu antecessor, o presidente Lula. Por várias vezes, sem deixar de criticar sua administração, homenageou o presidente Fernando Henrique. Lula preferiu jogar para a plateia.

Nas asas do seu bolso
Lembra dos acessos moralizadores após as manifestações de junho? Lembre-se bem, pois hoje são apenas memória. O governador fluminense Sérgio Cabral, por exemplo, voltou a frequentar sua casa de praia em Mangaratiba no magnífico helicóptero “para uso exclusivo em serviço” do Governo. Esposa, filhos, babá, todos voando.

Continua após a publicidade

Só o cachorro de estimação da família ainda não voltou aos ares.

É coisa nossa
Por falar em Mangaratiba, o cidadão Sérgio Lopes da Silva, lá residente, perdeu uma das mãos há 20 anos. Tem carteira especial de motorista, na forma da lei. E o Detran do Rio o obriga fazer perícia médica todos os anos, por causa deste problema. Ele tem de provar, ano sim, outro também, que sua mão não cresceu de novo.

São 170 km de viagem, ida e volta. E não tem jeito de a mão voltar.

Continua após a publicidade

No bolso, não
O PSB, de Eduardo Campos e Marina Silva, colocou em seu portal a ideia de abolir a isenção de impostos para igrejas em geral. É uma proposta interessante, que merece ser avaliada. A isenção se presta a todo tipo de abuso. O jornalista Hélio Schwartsman, da Folha de S.Paulo, fundou uma igreja só para mostrar como é fácil livrar-se de impostos: é ele o líder da Igreja Heliocêntrica, e sua mulher e filhos ocupam outras posições eclesiásticas. Se quisessem (não queriam: o objetivo era só fazer a reportagem), estariam livres de impostos.

O problema é que Marina é protestante e tem forte apoio evangélico; e Eduardo Campos está com o apoio do pastor Silas Malafaia muito bem encaminhado para 2014.

O gato não comeu
O ótimo colunista Aziz Ahmed, de O Povo, do Rio, foi quem lembrou a data: já se passaram dois meses desde que seis vigas de aço, cada uma com 40 metros de comprimento por 60 centímetros de largura, pesando no total 120 toneladas, foram roubadas na zona portuária carioca. Sumiram. E nem se pode botar a culpa, veja só que problemão!, num pé-rapado que estivesse passando por ali. Houve necessidade de guindastes e caminhões.

Mas ninguém sabe, ninguém viu.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.