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‘Na luz, as sombras’, por Carlos Brickmann

Publicado na  coluna de Carlos Brickmann Que há um herói nessa história, não há dúvida: o diplomata Eduardo Saboia honrou as melhores tradições do Itamaraty e da política externa brasileira ao retirar o senador boliviano Roger Pinto, asilado político, do insalubre confinamento a que tinha sido relegado pelo nosso Governo por 455 dias. Que o […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h31 - Publicado em 28 ago 2013, 08h53
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  • Publicado na  coluna de Carlos Brickmann

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    Que há um herói nessa história, não há dúvida: o diplomata Eduardo Saboia honrou as melhores tradições do Itamaraty e da política externa brasileira ao retirar o senador boliviano Roger Pinto, asilado político, do insalubre confinamento a que tinha sido relegado pelo nosso Governo por 455 dias. Que o Governo brasileiro agiu como comparsa das autoridades bolivianas que perseguiam o asilado político, também não há dúvida: as ordens para que a vítima não pudesse sequer tomar banho de sol partiram de dirigentes brasileiros, não dos bolivianos.

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    Tirando essas duas constatações, só há dúvidas. A história de que o principal adversário político do presidente Evo Morales saiu da Embaixada brasileira em La Paz na companhia de um diplomata e dois fuzileiros navais, rodou 1.600 km e chegou a Corumbá, MS, sem ser incomodado, não se sustenta. Imaginemos a cena: um diplomata determina a dois fuzileiros navais que o acompanhem numa viagem ao Brasil e os dois sequer comunicam a saída a seus chefes. Os carros são parados em vários postos rodoviários bolivianos e ninguém reconhece o passageiro, um político famoso, que vivia aparecendo na TV e nos jornais; e ninguém acha estranho que dois carros com chapa diplomática transportem fuzileiros navais. Passam a fronteira numa boa, sem identificação. E só em Corumbá, depois que telefonam às autoridades, é que o Governo descobre que fugiram.

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    Saboia diz que o Governo boliviano já havia indicado que não se oporia a uma fuga desse tipo.

    Pelo jeito, quem se opunha era Dilma. Ou não.

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    Nas sombras, a luz
    Saboia é herdeiro da boa imagem do Itamaraty em Direitos Humanos. Na Alemanha nazista, dois funcionários diplomáticos brasileiros, Aracy, O Anjo de Hamburgo, e seu marido, o cônsul (e grande escritor) Guimarães Rosa desobedeceram às ordens do Governo brasileiro e deram vistos a judeus perseguidos pelos nazistas.

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    Na mesma época, o Governo brasileiro prendia e entregava à Alemanha a esposa do líder comunista Luiz Carlos Prestes, Olga Benário. Lá foi fuzilada.

    Nas sombras, as sombras
    O chanceler Antônio Patriota levou a culpa sabe-se lá do que, e foi punido com a perda do cargo e a nomeação para a ONU, em Nova York. Ou seja, não houve punição: ganhou um belo posto e só perdeu o cargo que jamais ocupou.

    Os sombrios
    Hoje, começa nas redes sociais ampla campanha de difamação do senador Roger Pinto. Ele cometeu o crime máximo: opôs-se a um Governo bolivariano.

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    …sin perder la ternura
    Noticia do bem-informado e respeitado jornalista Jorge Moreno, em sua coluna Nhenhenhém, dia 24: “O caso do aposentado do Senado que exige que o plano de saúde pague sua cirurgia de colocação de prótese peniana pode se transformar num dos maiores escândalos do Congresso Nacional.O dito-cujo tem a lista de todos os senadores, incluindo ex-presidentes do Senado, que tiveram o procedimento pago com dinheiro público”.

    Hay que endurecerse…
    Para que o caro leitor não tenha o trabalho de pesquisar, eis os presidentes do Senado do ano 2000 até hoje: Jader Barbalho, Edison Lobão, Ramez Tebet, José Sarney, Tião Viana, Garibaldi Alves Filho e Renan Calheiros.

    Saúde ─ e educação
    Protestar contra a importação de médicos estrangeiros sem que façam o exame de revalidação do diploma é uma coisa; insultar os estrangeiros que vieram a convite do Governo brasileiro é outra, e grave. Contestar quem os convidou é um direito; mas receber os convidados com cortesia é obrigação. A grosseria dos médicos brasileiros em Fortaleza tira toda a razão que possivelmente tenham.

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    Risco
    Há tantas acusações conturbando o ambiente que os médicos cubanos ainda vão ser denunciados por formação de Padilha.

    Inzoneiro
    É fácil entender a crise brasileira. Basta lembrar que:

    1 ─ O Governo petista de São Paulo, a maior cidade do país, quer dar prioridade ao transporte público e dificultar o uso de automóveis. O Governo petista do Brasil reduz impostos para venda de automóveis e segura o preço da gasolina.

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    2 ─ Como a frota de automóveis particulares cresceu, beneficiada pelos incentivos e pela estabilidade do preço dos combustíveis, a Petrobras importa petróleo e gasolina, pagando mais caro do que cobra quando vende. Não está sobrando muito para sua prioridade declarada, a exploração do petróleo do pré-sal.

    3 ─ O Brasil exporta minério de ferro e importa trilhos.

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    4 ─ A primeira linha de metrô de Salvador está sendo construída há 13 anos. Ainda não foi concluída.

    Mas existem equipamentos comprados há vários anos, já armazenados, já pagos e já inutilizados por falta de uso. E não é só lá, não.

    Passeando de moto
    O grande filme sobre o uso de motos Harley-Davidson para espairecer é Easy Rider, com Peter Fonda e Dennis Hopper.

    Em português, o título é Sem Destino.

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