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‘Espernear e deixar andar’, um texto de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann Chico Buarque de Holanda disse, certa vez, que o Brasil falava grosso com os pequenos e fino com os grandes. Hoje as coisas mudaram: o Brasil fala fino com os pequenos, como fino fala com os grandes. Mandaram revistar o avião do ministro da Defesa, com cachorros e tudo, […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h28 - Publicado em 4 set 2013, 08h50

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

Chico Buarque de Holanda disse, certa vez, que o Brasil falava grosso com os pequenos e fino com os grandes. Hoje as coisas mudaram: o Brasil fala fino com os pequenos, como fino fala com os grandes. Mandaram revistar o avião do ministro da Defesa, com cachorros e tudo, na Bolívia? Os EUA espionaram o Governo brasileiro, incluindo a presidente Dilma Rousseff? O Brasil aceita bem.

Espionagem existe no mundo inteiro, o tempo todo, entre aliados e inimigos. Há um israelense, Jonathan Pollard, preso nos Estados Unidos por espionar em favor de Israel, firme aliado de Washington. Mas mandam as normas diplomáticas que, quando alguma espionagem for descoberta, haja reações ─ como, no caso dos EUA, a prisão de Pollard. A presidente Dilma Rousseff poderia chamar o embaixador brasileiro em Washington para consultas, ou suspender sua visita aos Estados Unidos, manifestando diplomaticamente o desagrado brasileiro. Poderia até, em nome de aceitar o mundo como ele é, calar-se. Mas mandar o ministro da Justiça (e não o chanceler) aos EUA para pedir que parem de espionar o Governo brasileiro é fantasticamente inútil. Ser ridicularizado não é fazer diplomacia.

A NSA americana grava telecomunicações no mundo inteiro. O embaixador americano no Brasil em 64, Lincoln Gordon, soube por Washington do encontro do ex-presidente Kubitschek com o ministro da Guerra, Jair Dantas Ribeiro. A CIA talvez saiba de coisas que a Abin não sabe. Mas o Itamaraty sempre foi competente, até mais que o Departamento de Estado.

Por que ficou fora do caso?

Qual o objetivo? 
Diz o antigo provérbio que quem não sabe para onde vai está sempre no caminho errado. Qual o objetivo do presidente Obama quando ameaça atacar a Síria? Os dois lados da guerra civil são igualmente hostis ao Ocidente. Fortes setores rebeldes são ligados à rede terrorista Al-Qaeda e têm, na agenda, a perseguição a muçulmanos xiitas e alauítas e aos cristãos. Qualquer ação bélica ocidental na Síria favorecerá os rebeldes (e talvez facilite a captura dos estoques de gás letal por terroristas). Se o objetivo for paralisar o morticínio não é matando mais gente que isso será alcançado. O fato é que a guerra na Síria, no momento, não tem solução.

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A solução só virá quando os dois lados se cansarem da luta.

Amanhã, talvez
Se tudo correr bem e o Supremo terminar hoje o julgamento dos embargos declaratórios, esta quinta será um dia quente: virá a apreciação dos embargos infringentes (que podem mudar as penas impostas aos réus do Mensalão). Há uma dúvida jurídica a respeito dos embargos infringentes: o STFpode rejeitá-los, considerando-os inexistentes (já que não estão previstos em lei), ou decidir julgá-los (pois estão previstos no regimento do Supremo). Se forem rejeitados, o Supremo poderá a qualquer momento determinar a execução das penas do Mensalão. Se forem aceitos, o julgamento se estica ao menos por mais alguns meses.

País diferente
A Justiça determinou a prisão do ex-banqueiro Marcos de Magalhães Pinto, do Banco Nacional, por “gestão fraudulenta”. Foram presos também o principal executivo do grupo, Arnoldo Oliveira, e o contador Clarimundo Santana. Os três estão no quartel da Polícia Federal. O Banco Nacional sofreu intervenção do Banco Central no Governo Fernando Henrique Cardoso e, em 2002, os três dirigentes chegaram a ser presos. Mas o Supremo os libertou até que o processo se concluísse, o que aconteceu agora. 

O advogado dos ex-dirigentes do banco, Nélio Machado, diz que embora o Supremo tenha rejeitado os recursos da defesa, ainda há como recorrer, e por isso pedirá que seus clientes sejam libertados.

O nome das coisas
Por falar em Supremo, veja como as leis são às vezes complicadas: o ministro Luís Roberto Barroso está analisando um “agravo regimental de embargo de divergência em agravo de instrumento de recurso extraordinário”. 

O alvo de Serra
O ex-presidente Fernando Henrique, que lidera os esforços para que os tucanos se unam em torno da candidatura de Aécio Neves no ano que vem, disse que Serra não tem chances, nem no PSDB nem em outro partido. Fernando Henrique teria razão se o objetivo de Serra não fosse outro: se não der para ganhar, é atrapalhar o caminho de Aécio. Serra não perdoa o senador mineiro por ter feito corpo mole em suas duas campanhas presidenciais. 

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Faz questão de dar o troco.

O adeus de Paulo Coelho
Mensagem do escritor brasileiro mais conhecido no mundo, Paulo Coelho, via twitter: “Nunca pensei que fosse tuitar isso, mas minha decepção com o PT, que apoiei, não para de crescer. #fail”. “Fail”, em inglês, é “falha, fracasso”. 

Importante: Paulo Coelho é amigo de José Dirceu, cacique-mor do PT, amigo de compartilhar festas, com as famílias, em diversos lugares do mundo.

Chega de maldade
A Prefeitura de Guararema foi à Justiça para trazer de volta o rodeio, lá proibido há anos por crueldade (entre outras coisas, os testículos dos touros são puxados por cordas, para que entrem pulando na arena). 

Atenção: mobilizem-se!

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