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Via Láctea possui 100 bilhões de planetas, calculam astrônomos

Pesquisadores concluem que cada estrela anã vermelha, o tipo mais comum na Via Láctea, tem em média um planeta ao seu redor

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h24 - Publicado em 4 jan 2013, 20h08

Astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) calculam que a Via Láctea tem o mesmo número de planetas e estrelas. Segundo estudo aceito para publicação na revista Astrophysical Journal, os sistemas estelares com planetas – como o Sistema Solar – devem ser a norma no universo, e não a exceção. “Se levarmos em conta apenas a nossa galáxia, existem pelo menos 100 bilhões de planetas”, diz John Johnson, professor de astronomia planetária no Caltech e um dos autores do estudo.

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ANÃ VERMELHA

As estrelas conhecidas como anãs vermelhas são pequenas – menores que a metade da massa do Sol -, têm a superfície relativamente fria, quando comparadas à temperatura solar, e apresentam fraca luminosidade. São, porém, muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo a cerca de 70% de todas as estrelas da Via Láctea.

Os cientistas basearam sua estimativa na análise da estrela Kepler-32 e seus cinco planetas. Essa estrela é considerada um caso exemplar para o estudo da maioria dos sistemas planetários. Trata-se de uma anã vermelha, o tipo mais comum na Via Láctea, e os planetas ao seu redor são semelhantes a grande parte dos encontrados fora do Sistema Solar. Dois dos planetas ao redor da Kepler-32 já haviam sido detectados por outros astrônomos. Os outros três foram localizados pela equipe da Caltech usando o telescópio espacial Kepler.

O que diferencia esse sistema estelar dos outros já encontrados – e que permitiu a descoberta de astros ao seu redor – é o caminho percorrido pelos planetas: as órbitas de todos eles estão posicionadas em um mesmo plano, voltado exatamente para o telescópio espacial. Graças a essa rara combinação, cada planeta bloqueia a luz da estrela quando passa em sua frente, permitindo que os cientistas determinem suas características. Por isso, a Kepler-32 é a anã vermelha com o sistema planetário conhecido em mais detalhes pelos astrônomos terrestres.

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Para estimar o número de planetas ao redor de outras estrelas, os pesquisadores determinaram a probabilidade de um sistema planetário possuir o mesmo padrão de órbitas que a Kepler-32. A partir daí, eles combinaram essa probabilidade com o número de outros planetas que o telescópio Kepler foi capaz de detectar ao redor de anãs vermelhas, e calcularam quantos outros planetas deveriam existir, que passariam despercebidos para os cientistas terrestres. Como resultado, concluíram que cada estrela deveria possuir, em média, um planeta, chegando ao número de 100 bilhões.

Esse não é o primeiro estudo a estimar que a galáxia possui um número igual de planetas e estrelas, mas é o único a chegar a esse resultado a partir do estudo das anãs vermelhas – as mais numerosas e com a maior população planetária já catalogada. Análises que também calculassem os planetas ao redor de outras estrelas poderiam chegar a um número duas vezes maior.

Vizinhança – Sistemas planetários ao redor de anãs vermelhas são muito diferentes do Sistema Solar. A Kepler-32, por exemplo, tem metade da massa e do raio do Sol. Seus cinco planetas possuem um raio que varia entre 0,8 a 2,7 vezes o raio da Terra. Além disso, eles estão extremamente próximos da estrela – todo o sistema cabe em apenas um décimo da distância entre a Terra e o Sol.

Isso não significa, no entanto, que todos os planetas são ambientes hostis para qualquer forma de vida. Como as anãs vermelhas são muito pequenas e frias, sua zona habitável – onde a água pode existir em estado líquido – também é mais próxima ao centro do sistema. No caso da Kepler-32, o mais externo de seus planetas cai dentro dessa zona.

Zona habitável ()
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Segundo os pesquisadores, muitas das anãs vermelhas brilham apenas em frequências infravermelhas e não são visíveis a olho nu. Logo, quando algum habitante da Terra olhar para o céu noturno, ele pode saber que existem mais planetas em seu campo de visão do que o número de estrelas que ele consegue enxergar. Eles não brilham, mas estão lá.

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