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Refrigerantes são 62% das bebidas consumidas por crianças nos EUA

Dentre as 34 opções mais vendidas ao público infantil, nenhuma passou em testes que avaliam valores nutricionais

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 out 2019, 14h09 - Publicado em 16 out 2019, 13h46

Nesta terça-feira, 15, Singapura se tornou o primeiro país do mundo a proibir anúncios publicitários de refrigerantes e outras bebidas com elevado teor de açúcar. A decisão, ainda que controversa, parece estar de acordo com outros movimentos ao redor do mundo. Na Itália, o governo propôs subir os impostos sobre alimentos de confeitaria, incluindo essas bebidas doces. Calcula-se que o novo tributo criaria uma despesa familiar média de 263 reais por ano, e por isso seria uma forma progressiva de dissuadir o consumo crescente naquele país.

No mesmo caminho, um estudo realizado pela Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, em parceria com o Centro Rudd de Política Alimentar e Obesidade, e que foi publicado nesta quarta-feira, 16, descobriu que bebidas de frutas e águas com sabor que contêm açúcares adicionados ou adoçantes de aspartame dominaram as vendas destinadas às crianças. Em 2018, essas bebidas representaram 62% dos 2,2 bilhões de dólares gerados com esse comércio.

Em acréscimo, outro relatório — financiado pela Fundação Robert Wood Johnson — descobriu que bebidas mais saudáveis, como suco integrais, representavam apenas 38% das vendas para o público infantil, naquele mesmo ano. O relatório também concluiu que as empresas gastaram 20,7 milhões para anunciar refrigerantes em 2018, principalmente para crianças menores de 12 anos de idade.

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Os autores do estudo também dizem que as informações nas embalagens das bebidas açucaradas são muito semelhantes ao de bebidas mais saudáveis e naturais, o que pode confundir os pais sobre o verdadeiro conteúdo nutricional. Um refresco doce geralmente possui 5% de suco ou menos, mas, de acordo com o relatório, 80% das embalagens incluíam imagens de frutas e 60% alegavam ter “menos” ou “baixo” açúcar.

Além disso, adoçantes de baixa caloria, como sucralose, aspartame e estévia, foram encontrados em 74% das bebidas para crianças, incluindo nas que também já continham açúcares adicionados. No entanto, a mistura nunca era mencionada nas embalagens.

Os números são preocupantes quando se leva em conta, por exemplo, que uma pesquisa publicada este ano, no Journal of American Medical Association Pediatrics, revelou que crianças e adolescentes que bebem pouca água pura podem estar consumindo cerca de 100 calorias extras por dia, devido à substituição por refrigerantes. Isso representa algo como 3.500 calorias a mais por mês. Ou o suficiente para ganhar 1 quilo de peso corporal, aumentando o risco de sobrepeso ou obesidade, e diabetes.

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