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Prêmio distribui 25 milhões de dólares a cientistas

A edição de cinco anos do Breakthrough, prêmio financiado por gigantes da tecnologia, aconteceu neste domingo, nos Estados Unidos

Por Da redação
5 dez 2016, 11h01

Em um evento de gala neste domingo, nos Estados Unidos, os atores Morgan Freeman e Vin Diesel deram a passagem no tapete vermelho para físicos, biólogos e matemáticos. No Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, durante a edição de cinco anos do Prêmio Breakthrough, conhecido como o “Oscar da Ciência”, 25 milhões de dólares foram distribuídos em sete prêmios a cientistas que trabalham em temas como ondas gravitacionais, teoria das cordas e reparação de DNA. Cada vencedor (ou grupo vencedor) recebeu a quantia de três milhões de dólares – cerca de 10,4 milhões de reais – durante a celebração. O valor da premiação é quase três vezes maior que o pago pelo Nobel.

Patrocinado pelo bilionário russo Yuri Milner e por empresários de grandes companhias do setor tecnológico, como Mark Zuckerberg, do Facebook, Jack Ma, do Alibaba, e Sergey Brin, do Google, a premiação busca dar aos cientistas e profissionais de conhecimento o status – e pagamento – de celebridades. Desde a primeira edição do prêmio, em 2012, 175 milhões de dólares foram distribuídos. Neste ano, a apresentação da cerimônia foi comandada pelo ator Morgan Freeman e Alicia Keys fez um show durante o evento.

“Jamais foi tão importante apoiar a ciência. O Breakthrough 2017 premia os líderes de pesquisas científicas em física, matemática e ciências da natureza. Suas descobertas vão abrir novas possibilidades e ajudar a fazer do mundo um lugar melhor para todos”, disse Zuckerberg, fundador do Facebook, durante a celebração.

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Os jurados do evento pertencem a um comitê de cientistas que foram agraciados em edições anteriores. Neste ano, nove cientistas receberam os prêmios e um grupo de mais de 1.000 pesquisadores dividiram uma láurea especial de física fundamental, dado aos pesquisadores do Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais (LIGO) que, em fevereiro deste ano, anunciaram a detecção das ondas gravitacionais, previstas pela teoria de Einstein.

Vencedores

Nesta edição, a categoria de Física Fundamental teve dois ganhadores. Em maio, o grupo responsável pelo LIGO já havia sido anunciado como ganhador de um prêmio especial da categoria. Kip Thorne e Ronald W. P. Drever, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech ), e Rainer Weiss, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que conceberam o experimento, irão dividir um terço do prêmio. Os outros dois milhões de dólares serão divididos entre os 1.012 pesquisadores do LIGO.

Os cientistas Joseph Polchinski, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara; Andrew Strominger e Cumrun Vafa, da Universidade Harvard, vão dividir o prêmio oficial de Física Fundamental, por avançarem os estudos na teoria das cordas. Polchinski é um dos físicos que teorizou a possibilidade das branas, planos estendidos que seriam representações de dimensões paralelas.

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A categoria Ciências da Vida do Breakthrough premiou cinco cientistas. Yoshinori Ohsumi, que ganhou o Nobel de medicina neste ano, foi também premiado pelo Breakthrough por sua descoberta de como as células se degeneram e reciclam seu conteúdo, conhecimento que pode levar à compreensão de doenças como Câncer e Parkinson. Stephen J. Elledge, do Harvard Medical School, foi reconhecido por pesquisas que explicam como as “células sentem e respondem a danos no DNA, oferecendo conhecimentos para o desenvolvimento e tratamento do câncer”, de acordo com o comitê. Harry F. Noller, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, recebeu o prêmio por suas pesquisas sobre a estrutura dos ribossomos. Roeland Nusse, da Universidade Stanford, foi reconhecido pelo estudo de um gene crucial para o desenvolvimento de embriões, células-tronco, ossos e câncer. Huda Zoghbi, do Baylor College of Medicine, descobriu uma mutação genética capaz de causar uma doença neurodegenerativa, chamada ataxia espinocerebelar, que atinge em torno de 150.000 pessoas nos Estados Unidos, e foi reconhecida por seu trabalho.

A última categoria do Breakthrough 2016, Matemática, premiou Jean Bourgain, do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que, por meio de seus estudos, forneceu contribuições em diversas áreas da matemática, como desdobramentos do teorema de Pitágoras aplicada a ondas de luz ou radio.

O Breakthrough distribuiu também seis prêmios de 100.000 dólares a jovens físicos e matemáticos, por seus estudos em diferentes áreas da ciência.

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