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Por que água tônica não funciona no tratamento de Covid-19

O refrigerante foi indicado como alternativa ao medicamento cloroquina em um vídeo de apoiadora do presidente Bolsonaro

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 abr 2020, 17h37 - Publicado em 15 abr 2020, 15h50

Um vídeo onde a autodeclarada pré-candidata a vereadora por Campo Grande Victória Peixoto recomenda água tônica para o tratamento do novo coronavírus viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (15). Segundo ela descreve, o refrigerante que tem como base a substância quinino é uma alternativa para os que não tem acesso à cloroquina, remédio que ainda está sobre escrutínio de pesquisadores, mas que é amplamente defendido por Bolsonaro e seus apoiadores para o tratamento de Covid-19.

O que acontece é que a água tônica é feita de um extrato da casca da árvore de cinchona (hidrocloreto de quinina) que garante o gosto amargo e característico do produto. A nomenclatura derivada foi suficiente para que pessoas começassem a comprar a bebida como um terapia alternativa, somado também ao fato que a quinina, no passado, foi utilizada como medicamento para combater a malária, assim como a cloroquina.

No entanto, é preciso levar em conta que a água tônica industrializada não possui propriedades medicamentosas, sendo apenas um refrigerante. E, ainda que se queira aproveitar a quinina presente na água tônica, é preciso considerar que a quantidade é insignificante, não passando de 5 mg/l, enquanto uma dose terapêutica deveria ter no mínimo 1,5g. Além disso, a quinina não é a mesma molécula do hidroxicloroquina e cloroquina. São compostos químicos completamente diferentes e não relacionados.

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