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Guarda Costeira dos EUA afirma que destroços indicam morte de passageiros

Autoridades americanas disseram que um dos cones do submersível foi encontrado a cerca de 400 metros das ruínas do Titanic

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jun 2023, 17h27 - Publicado em 22 jun 2023, 15h53

Em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, 22, o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, afirmou que os “destroços são consistentes com perda catastrófica”. De acordo com ele, um dos cones do submersível foi encontrado a cerca de 400 metros das ruínas do Titanic. Ele ainda disse esperar que o achado console as famílias, que as buscas continuarão para encontrar as outras partes do veículo e que ainda é cedo para falar sobre futuras investigações.

O porta-voz também afirmou que ainda não está clara qual a causa do acidente. Mais cedo, Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, disse à BBC que, se houvesse alguma falha, uma “implosão instantânea” era provável. A declaração foi feita ao mesmo tempo que a Guarda Costeira anunciava ter encontrado os destroços na região de busca pelo submersível desaparecido, no Atlântico Norte. Os detritos foram detectados por um veículo controlado remotamente (ROVs, na sigla em inglês) próximo à área de naufrágio do Titanic.

“Nós acreditamos que agora o nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente, foram perdidos”, disse a OceanGate em nota. “Este é um momento muito triste para toda a comunidade de exploradores e para cada um dos familiares daqueles que se perderam no mar. Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento mais doloroso.”

O submersível Titan desapareceu no último domingo, 18, e desde lá os olhos do mundo estão voltados para a região à espera por mais informações. Especialistas estimam que o ar respirável do veículo deveria se esgotar nesta quinta-feira, 22, e por isso militares americanos e canadenses correram contra o tempo para encontrá-lo – um esforço que envolveu aviões com sonares capazes de detectar submarinos e ROVs que monitoram uma região de cerca de 26 mil quilômetros quadrados. França e Reino Unido também enviaram equipes para auxiliar na procura.

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Os passageiros do Titan, do alto, à esquerda, em sentido horário: Hamish Harding, Stockton Rush, Paul-Henri Nargeolet, Suleman Dawood e seu pai, Shahzada Dawood (Dirty Dozen Productions/ DAWOOD HERCULES CORPORATION/AFP)

O veículo, operado pela empresa com sede nos Estados Unidos, começou sua descida submarina às 6h do domingo, no horário local. A embarcação utilizava o equipamento de internet da Starlink, empresa de Elon Musk, para manter contato com um navio na superfície, mas essa conexão foi perdida alguns minutos após a descida, quando o veículo já estava a uma profundidade de aproximadamente 3.300 metros.

Em 2018, um grupo de especialistas que incluía oceanógrafos, executivos de empresas submersíveis e exploradores de águas profundas alertaram que tinham preocupação com o design da embarcação e temiam que o Titan não tivesse seguido os procedimentos de certificação padrão.

O Titanic afundou na madrugada de 15 de abril de 1912, em sua viagem inaugural da Inglaterra para Nova York, depois de bater em um iceberg, matando mais de 1.500 pessoas. Os destroços foram encontrados em 1985, divididos em duas seções principais, a cerca de 400 milhas de Newfoundland, no leste do Canadá, e desde então têm atraído a atenção de especialistas e amadores.

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