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Fim de semana será marcado por queda de temperatura no Sudeste

Inmet alerta para risco de temporais

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 nov 2023, 16h50 - Publicado em 17 nov 2023, 13h44

A última semana foi marcada pelo clima quente em todo o Brasil, com temperaturas acima da média em todo o Sudeste e Centro-Oeste, atingindo também parte do Paraná e o sul da Amazônia. Nos próximos dias, no entanto, esse cenário deve mudar. Uma frente fria que se aproxima pelo litoral da Região Sudeste, no próximo sábado, 18, deve abaixar as temperaturas temporariamente e aumentar o risco de temporais.

A capital de São Paulo, que registrou 37,7 graus centígrados na última segunda-feira, recorde de temperatura do ano e o segundo dia mais quente em oito décadas, verá a temperatura cair 13 graus entre sábado e domingo, com máxima de 25 graus na véspera de feriado. O calor volta a ganhar força na terça-feira 21. O calor também deve dar trégua no Rio, no Espírito Santo e em parte de Minas Gerais. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mato Grosso do Sul, São Paulo, o sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro podem ter rajadas de vento de até 100 quilômetros por hora e queda de granizo ao longo do fim de semana. Parte dos paulistas, mineiros e fluminenses devem presenciar acumulados de até 80 milímetros em 24 horas. 

A Defesa Civil paulista emitiu um alerta para tempestades e rajadas de vento intensas em todo o estado durante o fim de semana. As últimas tempestades trouxeram graves transtornos para a Grande São Paulo. No feriado de Finados, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica em decorrência das chuvas e, nesta quinta-feira, 16, 290 mil outras voltaram a registrar interrupção no fornecimento. A demora no restabelecimento da conexão gerou embate entre a Enel e a prefeitura municipal. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, chegou a dizer que teria pedido o cancelamento do contrato com a concessionária. 

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O Sul também está em alerta para as tempestades. Desde o último dia 10, temporais vêm ganhando força no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e, de acordo com o Inmet, as chuvas fortes devem se manter pelo menos até o próximo domingo. 

Segundo o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, a intensidade e a frequência, com intervalos cada vez menores, entre fenômenos naturais como o El Niño, por exemplo, mostram que toda essa mudança no clima é consequência da ação humana sobre o planeta.

“Lá atrás se você tinha uma onda de calor por década, até 2019, você já tinha 3,5 ondas de calor por década. E hoje já deve estar perto de acontecer uma em cada dois anos. O mundo inteiro está enfrentando recordes de onda de calor, secas, tempestades muito severas, com muito mais frequência. Tudo isso é o feito direto do aquecimento global”, disse ele.

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De acordo com o especialista, no ano passado a temperatura teve aumento médio de 1,15 grau centígrado e já chegou a aumentar 1,26 grau, em 2016. Para este ano, estudos já apontam uma elevação de 1,4 grau. “Desde os primeiros registros de civilizações, há cinco mil anos, nunca o planeta esteve tão quente. De fato, no período em que a temperatura estava nesse nível, nós temos que voltar 125 mil anos, no último Período Interglacial”, explicou.

O aquecimento global, portanto, induz fenômenos fortes, com mais frequência e maior duração. E ainda gera fenômenos climáticos que nunca existiram, como recordes de ondas de calor no verão da Antártica, dois anos atrás no verão o Ártico.

(Com Agência Brasil)

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