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Filmes tristes podem aumentar níveis de endorfina no cérebro

Estudo da Universidade de Oxford revela que esse tipo de entretenimento pode aumentar o sentimento de união a grupos e a tolerância à dor

Por Da redação
Atualizado em 21 set 2016, 12h38 - Publicado em 21 set 2016, 12h37

Assistir a filmes tristes pode aumentar níveis de endorfina no corpo, substância analgésica produzida pelo organismo que também provoca sensação de bem-estar. Foi o que descobriu uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O trabalho apresenta uma resposta à questão: por que consumimos tantos filmes de drama? Para os pesquisadores, um dos fatores importantes é o aumento do sentimento de união a grupos e tolerância à dor, ambos proporcionados pela endorfina.

Ao assistir a um filme de comédia, as pessoas têm um sentimento maior de bem-estar, pois o organismo está liberando essa substância analgésica – o que não é nenhuma novidade para Robin Dunbar, professor de psicologia evolucionista na Universidade de Oxford e líder da pesquisa. Mas, se as pessoas podem escolher entre rir e chorar, porque optam, por vezes, pelo drama? Os pesquisadores, que publicaram o estudo nesta quarta-feira na revista Royal Society Open Science, descobriram que, surpreendentemente, o drama também surte os efeitos proporcionados pela comédia.

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Para chegar aos resultados, a equipe de especialistas utilizou 169 voluntários e os dividiu em dois grupos. No primeiro, eles observaram como as pessoas se comportavam assistindo a Stuart: Uma Vida Revista, filme baseado em história real que narra a vida de um sem-teto alcoólatra. No outro grupo, os voluntários viram documentários com menores cargas emocionais, com temas como história natural.

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A equipe monitorou mudanças na tolerância à dor dos participantes, uma medida comumente usada para identificar a liberação da endorfina pelo cérebro. O teste foi uma espécie de agachamento contra a parede, bastante realizado nas academias. Os dois grupos de voluntários tiveram que se manter como se estivessem sentados, sem apoio, apenas com as costas apoiadas na parede – o nível que a pessoa aguenta de dor é medido pelo tempo que ela consegue manter a posição. As pessoas realizaram o teste e completaram questionários sobre estado emocional antes e depois de assistir ao filme ou documentário.

Os resultados mostraram que os participantes que assistiram a Stuart tiveram uma forte mudança negativa no humor, como era de se esperar, enquanto os voluntários que assistiram ao documentário apresentaram leves mudanças positivas ou negativas, o que os especialistas compreenderam como tédio. No teste de dor, a equipe percebeu que, na comparação entre o grupo que assistiu Stuart e o grupo “controle”, o primeiro aguentou quase 18% de tempo a mais do que o segundo na posição indicada. Além disso, as pessoas que viram Stuart também apresentaram um sentimento maior de união com o grupo ao qual se inseriram, apesar de o humor ter apresentado mudanças negativas.

“Parece que nossa afinidade com o drama pode ter gerado um sentimento de ligações sociais. Nosso estudo não pretende dizer que esse fator químico (a endorfina) é a única razão pela qual nós gostamos de filmes emotivos, mas acreditamos que essa seja uma razão importante para nosso prazer ao consumir ficção”, afirmou Dunbar em um comunicado.

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