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El Niño enfraquece, mas continua a afetar o clima, diz OMM

Uma combinação do fenômeno e das alterações climáticas resultou em temperaturas recordes e eventos extremos.

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 mar 2024, 17h19 - Publicado em 5 mar 2024, 17h17

O El Niño de 2023-24 já pode ser considerado um dos mais intensos já observados, Agora, a intensidade do fenômeno está enfraquecendo gradualmente. No entanto, seus efeitos continuarão a ser sentidos em todo o mundo nos próximos meses, com previsão de temperaturas acima do normal em quase todo o planeta entre março e maio.

De acordo com uma nova atualização da Organização Meteorológica Mundial (OMM), há uma probabilidade de cerca de 60% de que o El Niño persista durante os próximos dois meses e chances de 80% de condições neutras (nem El Niño nem La Niña) de abril a junho. Embora haja possibilidade de desenvolvimento de La Niña, fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, no final do ano, as previsões atuais são incertas.

O El Niño, um padrão climático natural associado ao aquecimento da superfície das águas no Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, ocorre em média a cada dois a sete anos e geralmente dura de nove a 12 meses. Seus impactos são significativos, afetando os padrões climáticos e de tempestades em várias regiões do mundo.

“Todos os meses desde junho de 2023 estabeleceram um novo recorde mensal de temperatura – e 2023 foi de longe o ano mais quente já registrado. O El Niño contribuiu para essas temperaturas recordes, mas os gases com efeito estufa que retêm o calor são inequivocamente os principais culpados”, destaca Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, em nota.

O El Niño deste ano, embora mais fraco do que eventos anteriores como os de 1997/98 e 2015/2016, teve um impacto significativo em todo o mundo. Desde o seu desenvolvimento em junho de 2023 até atingir seu ápice entre novembro e janeiro, o El Niño provocou condições climáticas extremas em várias regiões, incluindo aumento de chuvas e inundações no nordeste africano e no sul dos Estados Unidos, além de condições excepcionalmente secas e quentes no Sudeste Asiático, Austrália e sul da África.

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O El Niño é principalmente um fenômeno climático sazonal com impactos nas temperaturas médias. Ele também pode aumentar as chances de fenômenos climáticos extremos em determinadas regiões. Além disso, as previsões sazonais são mais precisas durante os eventos El Niño e La Niña, particularmente nos trópicos, o que sublinha o papel fundamental dos alertas precoces para apoiar a tomada de decisões e melhorar a preparação e a ação antecipada.

Além do El Niño, a OMM emite regularmente Atualizações Climáticas Sazonais Globais (GSCU, na sigla em inglês), que incorporam influências de outras alterações climáticas. Essas atualizações são cruciais para que governos, agências humanitárias e tomadores de decisão se preparem e sejam capazes de proteger vidas e meios de subsistência.

À medida que o El Niño continua a se dissipar e há incertezas sobre o possível desenvolvimento de La Niña, os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais estarão monitorando de perto a situação nos próximos meses, fornecendo perspectivas atualizadas para garantir a segurança e o bem-estar das comunidades afetadas.

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