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Arqueólogos encontram pão mais antigo do mundo, com mais de 8 mil anos

Iguaria foi encontrada nos fornos milenares do sítio arqueológico neolítico de Çatalhöyük, na Turquia

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 mar 2024, 18h38 - Publicado em 11 mar 2024, 18h29

Arqueólogos estão acostumados a desenterrar estruturas antigas, artefatos e até monumentos, mas quem diria que uma investigação culinária também faria parte do cardápio? Em Çatalhöyük, um dos primeiros centros urbanos do mundo, em uma época em que o trigo, a cevada e as sementes de ervilha compunham as principais refeições, iniciou-se a produção de um achado curioso. 8.600 anos depois, em uma estrutura de fornalha rodeada de grãos, arqueólogos encontraram o petisco pré-histórico: um pão, mas não qualquer um. O item pode ser simplesmente o pão mais antigo do mundo

Com o tamanho aproximado da palma de uma mão, o pão foi posto a fermentar em 6.600 a.C. Análises feitas no Centro de Pesquisa e Aplicação de Ciência e Tecnologia da Universidade Necmettin Erbakan, na Turquia, revelaram os resíduos do assado. Ali Umut Türkcan, Chefe da Delegação de Escavação, explicou que as primeiras amostras de pão fermentado foram encontradas no Egito. Nos restos de Çatalhöyük, porém, havia um detalhe curioso: as impressões de um dedo marcavam a massa. O pão não chegou a ser assado, mas foi fermentado e sobreviveu até hoje com os amidos nele contidos. Não existe outro exemplo como esse até o momento. 

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Sítio arqueológico de Çatalhöyük, na Turquia – (Universidade Necmettin Erbakan/Reprodução)

Çatalhöyük já foi o centro de muitas inovações. Os primeiros têxteis do mundo também foram encontrados neste sítio arqueológico, localizado na Península de Anatólia, que comporta boa parte da Turquia. 

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Da próxima vez que você morder um pedaço de pão quentinho, lembre-se: você está saboreando uma tradição que remonta a milhares de anos, quando nossos antepassados neolíticos misturavam farinha e água, fermentavam e criavam o alimento que se tornaria uma das delícias mais básicas e amadas da humanidade. Esta descoberta não só adiciona um ingrediente saboroso à história da humanidade, mas também destaca a importância da arqueologia dos alimentos

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