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Verão da Copa tem apagões e falta d’água no Rio

Estado investiu menos que o previsto em saneamento; empresas de distribuição de energia estouraram em 2013 metas de falha no fornecimento

Por Da Redação
10 jan 2014, 12h00

Os pesados investimentos na Copa do Mundo e na Olimpíada não serviram para fazer o Rio de Janeiro resolver seus graves problemas de saneamento e abastecimento. A cidade que é um permanente cartão de visitas para o Brasil também não chegará ao Mundial com a certeza de que está preparada para evitar panes e apagões no sistema de distribuição de energia para casas e empresas. O ano de 2014, que começou com um verão dos mais quentes de que se tem notícia nos últimos anos, com poucas chuvas, acentuou esses problemas nas áreas menos favorecidas e, pior para o turista, também na faixa mais nobre de praias da Zona Sul.

O repertório de justificativas para as deficiências do Estado e da cidade do Rio tem, como de costume, a desculpa de que há um longo período sem investimentos que pesa sobre os moradores de hoje. Pois bem: um levantamento dos gastos do Estado do Rio em saneamento, feito pelo deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e publicados nesta quinta-feira pelo jornal O Globo mostra que, em 2013, investiu-se apenas 16,8% do previsto para o período. Dos 759,4 milhões de reais informados inicialmente como investimento em saneamento e abastecimento, através da Secretaria de Obras e da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), só 132 milhões foram repassados. Menos ainda – 127,6 milhões – foram efetivamente usados.

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O resultado é a penalização da população mais pobre e das áreas mais carentes. Bairros das zonas Norte e Oeste enfrentam problemas há quatro meses, e as altas temperaturas, que aumentam o consumo, pioram a situação. A Secretaria de Obras do Estado informou que gastou 327 milhões em obras de saneamento em 2013; a Cedae cita seu orçamento de 5 bilhões previsto para ampliação e modernização de redes de abastecimento.

O saneamento figura entre os investimentos mais essenciais para a saúde da população. Mas não é nem de longe o preferido dos governantes. Redes subterrâneas não têm impacto visual, consomem muito dinheiro e não costumam ser lembradas como obra de fulano ou cicrano. Mas o esgoto sempre corre para algum lugar. Dependendo da maré – literalmente, no caso da orla do Rio de Janeiro – o resultado são as manchas de esgoto que tornam praias impróprias para banho, espalham mau cheiro pelos condomínios da Barra da Tijuca e, em casos extremos, causam mortandade de toneladas de peixes.

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Apagões – As empresas que fornecem energia para a capital e cidades do interior também deixam a desejar. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre janeiro e novembro de 2013 a Light, que fornece energia para a capital e outras 30 cidades, estourou em 70% o limite tolerável de falha no serviço. Foram 15,36 horas sem fornecimento, quando o limite estabelecido pela agência era de 9,04.

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A Ampla, que cobra a maior parte do interior, com 66 municípios atendidos, estourou em 40% o limite de tolerância, com 17,67 horas nos onze primeiros meses de 2013, enquanto o máximo firmado em compromisso era de 12,67 horas. As justificativas das empresas misturam aumento no consumo, intempéries e problemas na rede.

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