União e estado do Rio assinam hoje criação de força-tarefa para Segurança
Comitê será organizado em parceria entre os dois entes; objetivo é debelar o crescimento do crime organizado
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Um mês após ser anunciada, será assinada hoje no Rio de Janeiro a criação do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos. É a força-tarefa entre o governo do estado e o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que atuará no combate às organizações criminosas, com investigações sobre lavagem de dinheiro e recuperação de ativos. A decisão pela cooperação federal foi tomada a pedido do governo do Rio, depois de uma escalada de violência no estado, que culminou com a reação à morte de um miliciano: 35 ônibus e um trem foram queimados, grande parte na Zona Oeste da capital fluminense.
Na prática, o grupo vai compartilhar informações sobre as investigações. O modelo, segundo o governo federal, poderá ser aplicado em outros estados do país. O foco dos trabalhos será identificar os rastros de dinheiro da milícia, do tráfico e da chamada narcomilícia, que se expandiram no estado.
O comitê terá coordenação-geral compartilhada entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que é vinculada ao Ministério da Justiça, e à Secretaria de Polícia Civil do estado do Rio. A parte operacional será coordenada pela Diretoria de Operações Integradas da Senasp e pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil.
Nos termos do documento, o objetivo é reduzir os índices de criminalidade e enfraquecer as organizações criminosas. Haverá, segundo o governo federal, “interações” com o Banco Central, a Receita Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e com a Abin. O acordo não prevê repasse de recursos finaneiros ao estado. O governo do Rio deverá criar um espaço físico onde funcionará o comitê.