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Um em cada oito PMs do Espírito Santo será investigado por greve

Inquéritos em razão de movimento que tirou policiamento das ruas atingirão 1.302 de 10,5 mil integrantes da corporação; pena pode ir de suspensão a prisão

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h39 - Publicado em 17 fev 2017, 21h26

Um a cada oito policiais militares do Espírito Santo será submetido a algum tipo de investigação interna por participação no movimento que deixou as ruas do estados sem policiamento por quase duas semanas, em movimento que a Justiça classificou como “greve branca” – mulheres de PMs fizeram bloqueios em frente aos batalhões para impedir a saída das viaturas. Entre os investigados há oficiais, como tenente-coronel, major, capitão e sargento.

Segundo a Polícia Militar, 1.302 integrantes da corporação serão investigados pelos crimes de motim ou revolta – o efetivo total do estado é de cerca de 10,5 mil policiais. A maioria (1.151) será alvo de inquéritos policiais militares, que têm prazo inicial de 30 dias para conclusão. Outros 124 responderão a processos disciplinares de rito ordinário porque têm menos de dez anos na corporação; 27 serão submetidos ao Conselho de Disciplina da corporação, por terem mais de dez anos na PM. As penas podem ir de suspensão até prisão e demissão.

A crise na segurança pública no Espírito Santo começou quando parentes de policiais militares, principalmente mulheres, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas, no último dia 3. Os protestos se estenderam para outros batalhões e terminaram atingindo todos os quartéis do estado. Eles reivindicam reajuste salarial de 43% e pagamento de benefícios.

O governo diz que não tem condições de dar o reajuste pretendido, mas firmou acordo com entidades de policiais se comprometendo a discutir o assunto quando terminar o primeiro quadrimestre. Para outras reivindicações foram formadas comissões para discutir a implantação. As mulheres dos PMs continuam acampadas em frente aos batalhões.

Durante a crise na segurança pública, 143 pessoas foram assassinadas em dez dias no estado, uma média de 14,3 assassinatos por dia, muito superior à registrada no ano passado, que foi de 3.20. Também houve saques a lojas e aumentou o número de assaltos. Repartições públicas, como postos de saúde, funcionaram com restrições e a volta às aulas foi adiada por uma semana.

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(Com Agência Brasil)

 

 

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