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Suspeito de estupro pode ser solto com saída de vítima do Rio, diz delegada

A delegada Cristiana Bento pretendia fazer uma acareação entre a adolescente e os suspeitos presos, mas, segundo ela, a mudança da jovem impossibilita isso

Por Da Redação
2 jun 2016, 08h56
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  • A saída do Rio da adolescente C.B., de 16 anos, vítima do estupro coletivo, está prejudicando as investigações sobre o caso. A delegada Cristiana Bento, que apura o crime ocorrido em uma favela carioca, lamentou a decisão dos governos federal e estadual de retirá-la do Estado. Por identificar contradições nos dois depoimentos prestados pela jovem, a delegada pretendia interrogá-la mais uma vez e acareá-la com os três suspeitos presos. Sem ela, ao menos um dos acusados pode ser solto.

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    “As versões [da vítima e dos acusados] são muito desencontradas. Não posso mais ouvir a jovem. Isso dificulta as coisas. Novas informações chegaram e eu não tenho como esclarecê-las com ela”, afirmou. Segundo a delegada, nos depoimentos, a vítima não se refere a alguns suspeitos como estupradores. Entre eles, Lucas Perdomo Duarte dos Santos, o Luquinhas, de 20 anos, e Raí de Souza, de 22 anos, presos desde segunda-feira.

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    Estupro de jovem de 16 anos no Rio “está provado”, diz delegada

    Luquinhas, jogador de futebol, foi preso porque estaria perto do local do crime, no Morro da Barão, e acompanhou a vítima em um baile funk antes da agressão sexual. Sem a acareação, ele pode ser solto nesta quinta-feira. Raí está preso porque as imagens divulgadas nas redes sociais foram filmadas por seu celular.

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    As diferentes versões apresentadas por Luquinhas, Raí e Raphael Duarte Belo, de 41 anos, suspeito que se apresentou nesta quarta-feira à polícia, levaram a delegada a decidir acareá-los. “Quero esclarecer isso. Vou botar um de frente para o outro. As versões estão desencontradas. Mas ninguém admite o estupro”, afirmou Cristiana.

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    O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo, afirmou que a jovem estava ameaçada de morte e correria risco se ficasse no Rio. “Não há garantia de que conseguiríamos dar a proteção adequada se ficasse no Rio. A menina estava ameaçada, com medo. A ida [para fora do Estado] não quer dizer que ela não possa colaborar com as investigações”, afirmou Melo, para quem a Defensoria Pública, que atende a vítima, tem como fazer o contato entre ela e os investigadores. A jovem foi incluída no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), do governo federal, na última segunda.

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    Antes de se entregar à polícia, Belo encaminhou uma carta à ex-cunhada, que foi publicada na página Jacarepaguá Notícias na rede social Facebook. No texto, ele afirma que não estuprou a menor. O suspeito diz que apenas socorreu a vítima e a ajudou a voltar para casa.

    (Com Estadão Conteúdo)

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