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Estupro de jovem de 16 anos no Rio “está provado”, diz delegada

Por Nicole Fusco e Leslie Leitão, do Rio
30 Maio 2016, 15h04

A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), afirmou categoricamente nesta segunda-feira que há provas suficientes de que a adolescente C. B. de 16 anos foi vítima de estupro no Rio. Em coletiva de imprensa, a delegada confirmou que o resultado do exame de corpo de delito, feito tardiamente, não aponta indícios de violência, mas que isso não é determinante para atestar a ocorrência do crime. Também nesta segunda-feira, dois suspeitos foram presos: o jogador de futebol Lucas Pedorno, de 20 anos, e Raí Souza, de 18 anos. Outras quatro pessoas tiveram a prisão decretada e estão foragidas.

“Na minha convicção houve estupro. O vídeo mostra o rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero provar agora é a extensão desse estupro, quem e quantas pessoas o praticaram, uma, dez, ou trinta e três”, disse a delegada, que assumiu ontem a condução do caso, no lugar de Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), criticado pela jovem por tentar “incriminá-la”.

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O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, corroborou a declaração da delegada, dizendo que os vestígios do abuso podem ter se perdido com o tempo. “Não recolhemos os indícios de violência. Isso não quer dizer que não houve. O laudo só não pode concluir tecnicamente. Os vestígios se perderam e essa não colheita [de provas] pode ter acontecido por causa do tempo que passou”, afirmou Veloso. Da ocorrência do crime até a realização do exame, passaram-se cinco dias, de acordo com a perita do Instituto Médico Legal (IML) Adriane Rego.

A perita explicou os motivos pelos quais os indícios de violência podem não ter sido detectados no exame. Segundo ela, o próprio organismo destrói os espermatozoides em até 72 horas após o ato sexual. Outro fator é que a vítima estava desacordada na hora do crime e, por isso, não ofereceu resistência.

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