STJ prorroga afastamento de desembargadores ligados a Wilson Witzel
Corte decidiu por unanimidade que os juízes fiquem distantes dos cargos por mais um ano
A Corte Especial do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou, por unanimidade dos votos, a medida cautelar de afastamento de quatro desembargadores, em medida expedida nesta terça-feira, 07. Marcos Pinto da Cruz, José da Fonseca Martins Junior, Fernando Antonio Zorzenon da Silva e Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, ficarão afastados por mais um ano, após serem acusados pelo do Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.” Segundo as investigações, os desembargadores teriam recebido vantagens indevidas para incluir empresas no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho, em um esquema de venda de sentenças”, aponta a decisão do STJ.
O grupo está afastado do cargo desde 2021, quando a Polícia Federal prendeu os quatro desembargadores preventivamente, apontados de receber propina para beneficiar empresários ligados ao ex-governador Wilson Witzel do Rio de Janeiro, que foi também afastado do cargo. Segundo o MPF, os desvios chegaram a 16 milhões de reais. Antes da prisão, um dos juristas, Marcos Pinto da Cruz, já declarou ser “um soldado de Witzel”.
“Um eventual retorno às funções judicantes neste momento pode causar embaraço ao bom andamento processual e obstaculizar que a instrução probatória se dê de forma isenta, sem interferências externas”, explica a ministra Nancy Andrighi.