Seis policiais admitem tiros na noite da morte de dançarino
Os oficiais negaram ter atirado em Douglas Rafael Pereira, o DG; as armas continuam apreendidas
A Polícia do Rio de Janeiro identificou seis dos noves policiais militares que participaram do tiroteio no morro Pavão-Pavãozinho na última terça-feira, quando o dançarino Douglas Rafael Pereira, o DG, foi encontrado morto. Eles afirmaram terem disparado suas armas na ocasião, informou o Jornal Nacional, da TV Globo, neste sábado. Os PMs negaram ter disparado contra Douglas.
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A investigação irá apurar se o tiro que atingiu o dançarino partiu da arma de algum desses policiais. De acordo com o telejornal, as armas dos policiais já passaram por uma primeira perícia, mas ainda não foram devolvidas à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho.
Na última sexta-feira, o delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema), que investiga a morte do DG e de Edilson da Silva dos Santos, morto em protesto pela morte do dançarino, disse que a posição em que Douglas foi encontrado na manhã de terça-feira corresponde à foto divulgada na edição da última sexta-feira do jornal carioca Extra. Na imagem, o dançarino está de costas e é possível observar claramente um orifício provocado por disparo a bala nas costas do dançarino. Laudo do Instituto Médico Legal registrou que a morte foi causada por lesão no pulmão por ação “pérfuro contundente” – o ferimento causado por projéteis de armas de fogo.
(Com Estadão Conteúdo)