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PSOL vence em Macapá e conquista 1ª capital da sua história

Clécio Luís derrotou o atual prefeito Roberto Góes (PDT) em disputa apertada

Por Jean-Philip Struck
28 out 2012, 18h59
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  • O PSOL conseguiu eleger neste domingo o seu primeiro prefeito em uma capital. O vereador Clécio Luís derrotou o prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), em uma disputa bastante acirrada. Com 99,86% das urnas apuradas, Clécio aparecia como o vencedor com 50,59% dos votos válidos. Góes conseguiu 49,41%. A diferença entre os dois era de apenas 2.287 votos.

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    Clécio Luís tem 40 anos e é vereador desde 2004 e já foi secretário de Educação no governo de João Capiberibe (1995-2002). Sua candidatura é apadrinhada pelo senador e colega de partido Randolfe Rodrigues.

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    A campanha de Clécio chegou a provocar conflitos entre dirigentes do PSOL de outros estados. Logo após o primeiro turno, ele recebeu apoio de um candidato derrotado do DEM. Foi uma adesão pessoal e dirigida contra o prefeito Góes, mas acabou provocando gritaria entre os membros mais radicais do PSOL, que acusaram uma aliança com inimigo ideológico.

    O senador Randolfe Rodirgues disse que a reação foi um exagero e garante que o PSOL de Macapá não fez nenhuma concessão em trocado apoio do candidato do DEM.

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    No primeiro turno, Góes havia conquistado 40,18% dos votos. Clécio recebeu 27,89%.

    Prefeito derrotado – Góes, de 46 anos, governa a cidade desde 2009. No poder, foi acusado de participação em esquemas de fraudes em licitações e chegou a ser preso em 2011 pela Polícia Federal. Passou dois meses preso em Brasília. Solto, reassumiu a prefeitura e buscou a reeleição. Góes também é um dos últimos membros do grupo conhecido como “harmonia” que ainda está no poder. O grupo governou o Amapá até o fim de 2010.

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    No controle da máquina do Amapá, a “harmonia” foi acusada de protagonizar um dos maiores escândalos da história do estado: o desvio centenas de milhões de reais em verbas enviadas pelo governo federal.

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    A derrocada de parte do grupo começou em setembro de 2010, quando a Polícia Federal deu início à operação “Mãos Limpas” e prendeu o então governador Pedro Paulo Dias (PP) e seu antecessor Waldez Góes (PDT). Este último é primo de Roberto. O prefeito chegou a ser preso em 2010, por porte irregular de arma. Acabou fazendo um acordo com o Ministério Público que o proibiu de frequentar bares e boates por dois anos.

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    Góes recebeu apoio em sua campanha de figuras como o ministro do Trabalho, Brizola Neto, e do ex-presidente Lula. Em 2010, Lula havia declarado que a operação da PF no Amapá era um exemplo de que em seu governo só havia um jeito de “bandido” não ser preso: “não sendo bandido”. Desta vez, ele gravou um vídeo de apoio ao prefeito. O gesto repercutiu mal entre aliados do ex-presidente no estado, entre eles o senador João Capiberibe (PSB).

    Na propaganda, Lula disse que Góes, a quem chamou de “Roberto”, merecia o voto dos eleitores de Macapá. “Aqui em Macapá, apoio o Roberto para prefeito. Porque é preciso que toda cidade seja um pequeno pedaço do novo Brasil que estamos construindo. Um Brasil forte e cheio de vida”, disse Lula.

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