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Polícia encontra luvas em carro usado por garoto suspeito de matar os pais

Material será analisado para saber se há resíduos de pólvora; o mesmo exame feito nas mãos do adolescente deu negativo

Por Jean-Philip Struck
7 ago 2013, 12h04

A Polícia Civil informou nesta manhã que foi encontrado um par de luvas no banco de trás do carro que teria sido usado pelo adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, para ir à escola na segunda-feira. Nesse mesmo dia, segundo a polícia, ele teria matado os pais, a avó e uma tia-avó na casa da família, em Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. Ao voltar do colégio, o menino teria se suicidado.

O material passará por análise para que seja averiguado se há resíduos de pólvora. O mesmo exame feito nas mãos do adolescente deu negativo. A polícia acredita que Marcelo possa ter usado as luvas ao efetuar os disparos.

Ainda segundo a Polícia Civil, outras três armas foram encontradas dentro de um armário na casa onde as vítimas foram mortas, na segunda perícia realizada no local do crime, nesta terça-feira. Elas pertenciam ao pai de Marcelo, o policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos. A arma utilizada no crime, de acordo com os investigadores, foi uma .40 que pertencia à mãe de Marcelo, Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36, que também era policial. Na mochila que levou para a escola no dia da tragédia, o adolescente tinha um revólver calibre 32 que era do avô.

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O delegado responsável pelo caso, Itagiba Moreira Franco, disse que foram encontrados remédios de uso controlado no quarto onde estavam Benedita Oliveira Bovo, 65, mãe de Andreia e avó de Marcelo, e Bernadete Oliveira da Silva, 55, irmã de Benedita. Segundo a polícia, elas tomavam medicamentos fortes para dormir, e Bernadete estaria em tratamento contra depressão. Por isso, os investigadores acreditam que elas podem não ter ouvido os disparos.

O crime – As cinco pessoas da família foram encontradas mortas com tiros na cabeça na noite desta segunda-feira. Pelo fato do casal ser da PM, cogitou-se que o crime fosse vingança de bandidos. Porém, o fato de não haver sinais de arrombamento nem de tiroteio na casa cobria os assassinatos de mistério. Pouco a pouco, os indícios foram colocando Marcelo como principal suspeito e dando forma de tragédia familiar ao crime.

A arma usada nos assassinatos foi encontrada na mão esquerda do filho do casal, que morreu com um tiro no lado esquerdo da cabeça. Ele seria canhoto, segundo contaram colegas e professores à polícia. Em seguida, os investigadores obtiveram imagens de uma câmera de segurança que acabaram com um dos pontos intrigantes do caso: o fato do carro de Andreia estar abandonado próximo ao colégio do filho.

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As imagens mostraram que o carro foi estacionado no local perto da 1h da madrugada de segunda. Às 6h20, Marcelo sai do veículo com a mochila nas costas e segue para a escola, a poucos metros dali. O pai do melhor amigo de Marcelo o levou de volta do colégio para casa. Esse mesmo amigo teria contado para a polícia nesta terça-feira que Marcelo, até então descrito pelos familiares como um garoto tranquilo e amoroso, tinha fantasias constantes de matar os pais, pegar o carro e fugir para um lugar abandonado.

A polícia salienta, contudo, que o caso ainda está aberto e procura responder a outras questões, como onde Marcelo aprendeu a dirigir e se sabia manejar uma arma. Exames toxicológicos feitos nas vítimas indicarão se os adultos foram dopados antes de dormir, o que explicaria a falta de reação deles diante dos tiros. Os resultados devem sair dentro de vinte dias.

Outro exame que identifica a hora aproximada da morte ajudará a montar a dinâmica do crime, para saber a ordem dos assassinatos dentro da casa. A hipótese mais provável, segundo o delegado, é que o primeiro a ser morto foi Luís Marcelo, que dormia na sala. Andreia teria escutado os tiros e ido até o local. A posição do corpo indica que ela foi morta de joelhos – tendo ficado nessa posição por ordem de alguém ou porque se ajoelhou para ajudar o marido. As últimas a serem mortas seriam a avó e a tia-avó, que morava em outra casa no mesmo terreno.

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