Pilotos, copilotos e comissários de voo decidiram cancelar a greve que ameaçavam iniciar nesta sexta-feira – com risco de provocar um novo caos aéreo diante do intenso movimento nos aeroportos para as festas de fim de ano. A categoria realizou assembleias em cinco estados nesta quinta-feira (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais) e a maioria aceitou o acordo proposto pelas empresas aéreas.
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Alegando dificuldades financeiras, as companhias ofereceram reajuste salarial de 5,6% – que já havia sido recusado em ocasiões anteriores. A categoria afirmava que a proposta não representava um ganho real. Agora, segundo José Adriano Castanho, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a conquista mais importante se refere às chamadas cláusulas sociais.
“Não conseguimos o reajuste de 8% que pedimos, mas avaliamos que as conquistas sociais foram importantes. Se nós não aceitássemos a proposta, poderíamos discutir o reajuste na justiça, mas não teríamos a garantia dos benefícios”, afirmou Castanho.
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Entre os benefícios conquistados está o passe livre, ou seja, o aeronauta poderá viajar gratuitamente por qualquer companhia aérea e não apenas pela qual trabalha. Além disso, o banco de horas será extinto. Qualquer tempo de trabalho fora da jornada normal será revertido em pagamento de hora extra. O valor concedido no vale alimentação dos trabalhadores também será reajustado. A categoria também garantiu estabilidade nos três anos anteriores à aposentadoria. Ou seja, pilotos, copilotos e comissários de voo não podem ser demitidos nos três anos que antecedem a aposentadoria.
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