O novo processo de Dilma Rousseff, por injúria, contra Jair Bolsonaro
Petista foi comparada a "cafetina" pelo então deputado em 2014
A ex-presidente Dilma Rousseff protocolou na 7° Vara Criminal de Brasília, na quarta-feira, 15, uma nova queixa-crime contra o também ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a acusação de ter sido vítima de injúria. No dia 8 de agosto de 2019, Bolsonaro compartilhou no Twitter um vídeo de 2014 em que comparava a petista a uma “cafetina”.
Na ocasião, a fala foi em ataque à Comissão da Verdade, que investigou crimes cometidos pela ditadura militar. “Comparo a Comissão da Verdade, essa que está aí, como aquela cafetina, que ao querer escrever a sua biografia, escolheu sete prostitutas. E o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a comissão da verdade de Dilma Rousseff”, afirmou o ex-mandatário.
Para a defesa de Dilma, representada pelo ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, Bolsonaro ofendeu a dignidade da petista e o decoro, “sendo patente o cometimento do crime de injúria”, cuja pena, em caso de condenação é de um a seis meses de cadeia ou multa.
Essa não é a primeira vez que Dilma Rousseff recorre à Justiça sobre o mesmo assunto. Logo após a publicação da postagem, sua defesa entrou com uma ação penal no Supremo Tribunal Federal, mas o processo foi suspenso pela ministra Rosa Weber em 2020 até que o mandato de Bolsonaro chegasse ao fim.