Nadadores admitem que não houve roubo, diz polícia do Rio
Chefe da instituição, Fernando Veloso diz que atletas deixaram dinheiro para pagar prejuízos causados no posto
Em uma tumultuada entrevista coletiva que reuniu a imprensa do mundo inteiro sentada no chão do hall do Teatro Casagrande, no Leblon, a Polícia Civil divulgou detalhes da investigação que desmontou a farsa montada por integrantes da equipe americana de natação. A história divulgada pelo 12 vezes medalhista olímpico Ryan Lochte era de um assalto, com arma apontada para a sua cabeça. Segundo o chefe da instituição, Fernando Veloso, dois companheiros de Lochte admitiram em depoimento que a versão não é verdadeira.
“Não houve roubo da forma relatada pelos atletas. Não foram vítimas dos fatos criminosos que dizem ter sido. Como testemunha, outros atletas contaram a versão que as câmeras nos mostram e que batem com as outras provas que colhemos. Efetivamente eles confirmam que não houve assalto, que esta versão é fantasiosa”, disse o delegado, referindo-se aos depoimentos prestados por Lochte, Gunnar Bentz e Jack Conger.
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O chefe da instituição – que deu entrevista ao lado do titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), Alexandre Braga – confirmou a versão relatada pro site de VEJA, de que os atletas saíram do posto depois de deixarem cerca de 160 reais (uma nota de 100 reais e outra de 20 dólares) como indenização pelos prejuízos que haviam causado. A reportagem mostrou que Lochte e seus companheiros deixaram a Casa França, na Lagoa, às 5h46 da manhã de domingo e, de táxi, eles seguiram para a Barra. Lá, pararam num posto e, quando foram ao banheiro, fizeram arruaça quebrando itens do banheiro como saboneteira e uma placa de publicidade.
Neste momento, eles foram interpelados por ao menos um policial que fazia a segurança do posto de gasolina. Eles foram rendidos pelos seguranças, que os obrigaram a sentar. Em depoimento, de acordo com os delegados, os agentes disseram que foram obrigados a usar a arma, pois um deles (Lochte) estava muito exaltado. “Não houve nenhum tipo de violência enquanto permaneceram no posto. Nada que fizesse eles se sentirem vítimas de roubo”, disse Veloso.
O delegado falou sobre a arma apontada para os nadadores: “Houve arma apontada. Seguranças narraram compleição física dos atletas. Lochte estava muito transtornado. Mas nada que indique que eles sentiram-se obrigados a entregar o dinheiro. Podem ter se sentido? Podem. Mas não há nada que indique isso”.
Liberação — A Polícia Civil disse não ver necessidade de manter os atletas no Brasil, mas a ordem para liberar que voltem para casa – Gunnar Bentz e Jack Conger foram retirados de dentro do avião – só pode ser dada por um juiz. James Feigen, que mentiu em depoimento, continua no Brasil e advogados já fizeram contato com a Deat para que ele seja apresentado e ouvido novamente. O FBI está acompanhando o trabalho da Deat e Lochte deverá ser ouvido novamente por carta rogatória (lá nos Estados Unidos).
O delegado cobrou um pedido público de desculpas pela farsa montada por Lochte e cia. “Acho que eles devem um pedido de desculpa aos cariocas que viram a cidade ser manchada por uma versão fantasiosa”, concluiu Veloso.
Confira imagens das câmeras que gravaram a noite de baderna dos nadadores
Os americanos chegam à festa e passam pelo detector de metal:
Nadadores deixam a festa:
Lochte e seus colegas arrumam confusão em posto de gasolina:
https://www.youtube.com/watch?v=EH3lMkU1hyY
https://www.youtube.com/watch?v=R60C7S2BxNo
https://www.youtube.com/watch?v=Ez7V35wRazs
https://www.youtube.com/watch?v=iBR7LWJxjqI
https://www.youtube.com/watch?v=fv2z5TNJz7c
Nadadores retornam à Vila Olímpica:
https://www.youtube.com/watch?v=odtMrKsdZXA
https://www.youtube.com/watch?v=ZGlqNCh6Cfc