Na Argentina, Bolsonaro se reúne com o ultradireitista Viktor Orbán
No país para a posse de Javier Milei, ex-presidente brasileiro participou de encontro com o líder húngaro
Na argentina com uma “comitiva brasileira extraoficial” para a posse de Javier Milei, o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesse sábado, 9, com um líder controverso da extrema-direita europeia: o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. “Tive o prazer de me encontrar com meu bom amigo, presidente Jair Bolsonaro. A direita está crescendo não só na Europa, mas em todo o mundo”, escreveu o húngaro nas redes sociais.
Em uma publicação no X, o antigo Twitter, Bolsonaro posou ao lado de Orbán em um vídeo em que apresenta o político a um grupo de brasileiros. “A maioria são parlamentares, alguns amigos, que vieram aqui prestigiar a posse de Milei e fizeram questão de te conhecer”, disse o ex-presidente. Também participaram do encontro o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-S), Daniel de Freitas (PL-SC), Altineu Cortes (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF), e o advogado Fabio Wajngarten.
– 1° Min da Hungria @PM_ViktorOrban .
– Buenos Aires, 09/dez/23. pic.twitter.com/rfUmZMfYMv— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 9, 2023
No poder desde 2010, acumulando quatro mandatos consecutivos, Orbán angariou vasta base popular com seu discurso ultraconservador anti-imigração, xenófobo e propagador da “Europa cristã”, facilitado pelo aniquilamento, à custa de censura e aperto financeiro, de toda a imprensa de oposição. No ano passado, fez um discurso inflamado contra o que ele chamou de “mistura de raças”, levando à renúncia de uma de suas conselheiras mais antigas, que descreveu o texto como “puramente nazista”.
Encontro com Milei e comitiva extraoficial
Na manhã desta sexta, 8, Bolsonaro se reuniu com Milei e apoiadores em um hotel na capital argentina. Os dois se aproximaram durante a campanha, quando o então candidato argentino chamou Lula de “corrupto” e “comunista” e ainda afirmou que não teria relações com o petista, caso eleito.
Marcada para domingo, 10, a posse do novo presidente argentino terá uma comitiva brasileira extraoficial, composta por Bolsonaro e um grupo extenso de aliados que inclui governadores, deputados, assessores, filhos e a mulher, Michelle Bolsonaro. Sem a participação de Lula nem do vice, Geraldo Alckmin, o governo petista será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e auxiliares.