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MP denuncia 3 por morte de jovem em carona combinada no WhatsApp

Promotoria de MG sustenta que Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, foi estuprada antes de ser morta por Jonathan Prado. Pena dele pode chegar a 51 anos

Por Da redação
21 nov 2017, 20h17
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  • O Ministério Público de Minas Gerais denunciou nesta terça-feira o homem que confessou ter matado a radiologista Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, durante uma carona marcada por meio do WhatsApp. A promotoria sustenta que Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, cometeu os crimes de latrocínio, ocultação de cadáver, fraude processual e estupro. Ele está preso. Além de Prado, Wander Luis Cunha e Daniel Teodoro da Silva foram denunciados por receptação de produtos do crime.

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    Na véspera do feriado de Finados, a jovem havia deixado a cidade de São José do Rio Preto (SP), onde morava, para viajar até Itapagibe (MG), onde visitaria o namorado. Ela anunciou em um grupo de caronas do WhatsApp que faria o percurso. Segundo o Ministério Público, Jonathan Prado usou um nome falso para entrar em contato com ela no aplicativo e se mostrou interessado em uma carona que, segundo ele, também incluiria a namorada dele. No horário combinado, no entanto, apenas Prado apareceu. Ele estava foragido desde março de 2017 do Centro de Progressão Penitenciária de São José do Rio Preto.

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    Durante o percurso, diz o MP, o Jonathan Prado pediu à jovem que parasse o carro e, então, atacou Kelly com um golpe, que a desmaiou. A denúncia afirma que Prado retirou a radiologista ainda com vida do banco traseiro do veículo e a arrastou até um matagal, onde a estuprou.

    “Em razão da recente interpretação do Superior Tribunal de Justiça, nós concluímos que houve o crime de estupro uma vez que ele despiu a vítima, retirando dela inclusive a sua calcinha, com o propósito de praticar o crime. Por motivos outros, ele não conseguiu obter a conjunção carnal. Nessa hipótese específica, a jurisprudência do STJ considera praticado o crime de estupro”, afirma o promotor Fabrício Costa Lopo, responsável pela denúncia.

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    A acusação apresentada à Justiça sustenta que Prado amarrou uma corda no pescoço de Kelly Cadamuro e a matou “por asfixia mecânica decorrente de enforcamento”. O corpo dela foi encontrado em um ribeirão, em Frutal (MG).

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    Conforme a promotoria, o assassino estava bêbado e consumiu cocaína para “encorajar-se à execução do plano”. O MP cita como agravantes os fatos de Jonathan Prado ser reincidente e ter cometido o crime “por meio cruel, em estado de embriaguez preordenada e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”. Ele pode pegar até 51 anos de prisão.

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    Wander Luis Cunha é acusado de receptação por ter recebido de Prado pneus e rodas do carro de Kelly, o celular dela, bolsas, perfume, sapatos, chinelos e um aparelho de tocar CDs. Daniel Teodoro da Silva foi denunciado pelo mesmo crime por ter comprado o celular da jovem.

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