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Motorista: Ágatha ‘se foi por causa da irresponsabilidade do polícia’

Condutor da Kombi na qual a menina estava ao ser baleada no Complexo do Alemão prestou um segundo depoimento à polícia e reafirmou que não havia tiroteio

Por Da Redação Atualizado em 24 set 2019, 14h51 - Publicado em 24 set 2019, 14h41

O motorista da Kombi na qual a menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, estava quando foi baleada e morta na última sexta-feira 20, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, voltou a afirmar que o tiro partiu de um policial militar – e que não havia tiroteio no momento do crime. “Uma criancinha foi embora por causa da irresponsabilidade do polícia”, afirmou.

O condutor ainda não teve o seu nome divulgado. Ele prestou depoimento por cerca de duas horas e meia na Delegacia de Homicídios da Capital na manhã desta terça-feira, 24. Foi o segundo depoimento do condutor. No primeiro, na segunda-feira, ele afirmou que outras duas crianças estavam no veículo e que, momentos antes, elas desembarcaram acompanhadas de um casal.

De acordo com o depoimento à Polícia Civil, o condutor da Kombi desceu para ajudar a família quando viu dois homens sem camisa passando numa moto. Nesse momento, ele teria visto um dos policiais presentes atirando, mas, como não havia conflito, pensou que os tiros fossem para o alto. Ele chegou a acalmar pessoas que estavam perto do cruzamento onde a Kombi havia estacionado.

Ele disse ainda que não viu armas nas mãos dos dois rapazes na motocicleta e que, se eles fossem atingidos, seria uma execução, porque não havia confronto no momento dos disparos. A versão oficial da Polícia Militar (PM) é a de que Ágatha teria sido ferida numa troca de tiros entre policiais e criminosos. O motorista teria ouvido a mãe de Ágatha gritar e correu para ajudar. Os policiais ficaram sem reação e não prestaram socorro.

A Kombi saiu em disparada com a menina para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. Foi lá que dois outros policiais, que nada tinham a ver com o caso, botaram a criança em uma viatura e, aflitos, a levaram para o Hospital Getúlio Vargas, onde Ágatha morreu na madrugada do último sábado 21.

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O veículo, que foi periciado, permanece estacionado na delegacia. É possível ver a marca da bala no banco traseiro, onde a menina estava sentada quando foi atingida. No enterro de Ágatha, no domingo 22, o motorista já havia afirmado que a bala partiu da polícia. Essa também é a versão de familiares da menina e de testemunhas.

Na Kombi, a pequena Ágatha deixou um saquinho de batatas fritas. Como o porta-malas estava aberto, a informação é que a bala atingiu a menina nas costas. O motorista disse ainda que trabalha na região há muito tempo e que não colocaria a vida dos passageiros em risco se houvesse algum sinal de perigo.

(Com Estadão Conteúdo)

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